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Louis dormiu pouco antes do jogo.

Por mais que não precisasse mais da bolsa, ele sentia a pressão que era colocada em si. O time o adotou de uma maneira que era como se ele fosse o segundo capitão, na falta de Liam. Tomlinson era muito bom.

Quando Josh se machucou no campeonato passado, todos ficaram desesperados. Além de serem desclassificados, o garoto teve que se mudar com seus pais para Manchester, pois teria que fazer uma cirurgia e um tratamento complicado por causa da lesão. O que ninguém sabia era que ele já tinha problemas com seu joelho desde nascença e isso só agravou sua situação.

Por isso, fora do campeonato e sem Josh para ajuda-los, pois era o craque do time, todos ficaram preocupados. Liam se tornou capitão, e a maioria se formaria no ano seguinte, o que significava a última chance de serem campeões. E a escola já não ganhava um campeonato há muito tempo.

Estavam desanimados quando o ano letivo começou e quase sem ânimo foram para o primeiro treino. Quando viram Louis ali, o garoto novo para fazer o teste, estavam tão sem esperança que nem ligaram. Assim que o treino começou, a cada jogada, a cada passe, a esperança do time voltou a crescer.

Sem contar que Tomlinson era rápido. Muito rápido. E foi ali, a partir do primeiro treino, que todos depositaram suas esperanças nele, inclusive o treinador. O que aumentava a pressão consideravelmente.

Depois que ele decidiu que queria ir pra Juilliard, (na verdade ele já tinha decidido há muito tempo, mas a insegurança e o medo de não ser capaz o deixavam sem acreditar no seu sonho) a pressão de conseguir uma bolsa atleta saiu de seus ombros, mas a pressão que o time depositava nele era tanta que ele mesmo se cobrava. Se caso o time fosse eliminado sem ir para as finais, se sentiria responsável pela derrota e se culparia durante muito tempo, como sempre fazia.

Quando seu despertador soou pelo quarto, já estava acordado, sem ter conseguido dormir direito, apenas recordando as estratégias e tudo que sabiam sobre o time adversário. Resmungando, se levantou e foi para o banheiro, tomar seu banho antes de descer para tomar o café já levando suas coisas. O ônibus partiria cedo, pois a cidade era um pouco longe, e ainda tinha que passar na casa de Harry para busca-lo.

Falando em Harry, o cacheado era o único que conseguia fazê-lo se acalmar e tirar os pensamentos do jogo nem que fosse por alguns minutos. Se não fosse por ele, provavelmente Louis já teria surtado.

Tomou seu café rapidamente. Sua mãe não estava em casa, pois estava de plantão, então por um milagre Lottie acordou cedo e junto com Fizzy prepararam um café da manhã digno dos campeões.

Agradecendo suas irmãs, já estava abrindo a porta da frente quando ouviu as gêmeas o chamarem.


- Lou, espera!

- É Lou, espera!

- Oi princesas! O irmão precisa ir, não posso me atrasar.

- Mas como você vai sem o amuleto da sorte? – Daisy perguntou colocando as duas mãozinhas na cintura e quebrando o quadril para o lado. Uma cópia de Louis William Tomlinson.

- Que amuleto da sorte, maluquinha? Eu não tenho um. – Respondeu bagunçando o cabelo da irmã.

- Tem sim! – Phoebe esticou um arco para ele. Rosa e cheio de glitter e um monte de coisinhas que ele não fazia ideia de como se chamavam.

- Hm... um arco?

- É! Seu cabelo tá grande, vai cair no olho!

- É! E se cair no olho você não vai enxergar nada!

Wasting My Time | l.s. |Onde histórias criam vida. Descubra agora