Criminal Release

vinte e um

•Hope Schwartz•

Abro os olhos e os fecho em seguida, sentindo uma dor invadir minha cabeça. Mexo minha cabeça e me sinto em um local confortável.

Assim que começo a recobrar minha consciência, olho em volta me vendo em um grande sofá com Justin ao meu lado. Arregalo os olhos e vejo uma janela no canto do cômodo.

Me levanto correndo e pego o controle para subir as persianas, vendo que já era de manhã.

- Justin, puta que pariu, acorda. Daqui a pouco estão todos aqui. -começo a procurar minha calcinha.

Olho para ele, e onde estava, permaneceu.

- Justin caralho, me ajuda aqui. Não estou achando minha calcinha. -digo irritada e ele apenas solta um grunhido.

- Me deixa dormir em paz, garota. Minha cabeça está explodindo.

- Olha, assim que eu me vestir e sair daqui, eu juro que te deixo dormir. Para sempre se quiser. -digo e ele continua deitado.

- Senhor Bieber? -escuto a voz de Helena e arregalo os olhos, com Justin me olhando pela primeira vez no dia.

- Puta merda, se troca. -ele diz sussurrando e se levanta colocando sua cueca rapidamente, pegando o resto de sua roupa pelo escritório.

- Estou ocupado, Helena. -ele diz alto, colocando sua bermuda.

- Certo, me desculpe. Volto depois. -ela responde e nós escutamos seus passos se afastarem.

- Se Helena está aqui, está quase na hora da minha reunião, se troca rápido.

Coloco minha saia, sem calcinha mesmo e pego meu cropped.

- Amarra para mim? -peço me virando de costas para Justin.

- Eu não sei fazer isso, Hope. -ele diz.

- -Eu não posso sair assim, garoto. -digo virando de frente para ele, que de repente começa a passar a mão em meus seios.

- Justin, caramba. -digo rindo e o empurrando- Só amarra para mim, não é hora disso.

Ele amarra tudo de qualquer jeito, mas pelo menos amarra.

Olho para ele, que digitava algo em seu celular, enquanto eu procurava minha calcinha.

- São sete e cinquenta, faltam dez minutos, vai ter que ir sem calcinha mesmo.

Arregalo os olhos.

- Justin, eu não posso deixar minha calcinha.

- Eu acho depois, vai indo antes que te vejam. -ele diz abrindo as portas, olhando para os lados e me puxando pela mão.

Assim que saio, olho para os lados também e não parecia haver ninguém.

- Acho que tá limpo, sobe correndo e vai direto para o seu quarto. -ele diz sussurrando.

- Eles vão notar que a minha porta não está trancada como você mandou. -eu respondo no mesmo tom.

- Vem atrás, rápido. -ele diz, e assim eu o faço, segurando meus saltos nas mãos.

Assim que chego no meu quarto, escuto passos que não eram nossos, e fecho a minha porta correndo, escutando a chave ser passada.

Taco meu salto no canto do quarto e me deito direto, me cobrindo com rapidez, fechando meus olhos.

Escuto a chave ser virada novamente e mantenho meu olhos fechados, fingindo estar em um sono profundo.