nove

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•Angel Cooper•

Escuto a porta se abrir e vejo Cailtin.

- Bom dia, aqui estão algumas roupas minhas, creio que vão ficar maiores em você e em Hope por vocês serem mais baixas. Mas hoje Nolan vai comprar tudo que vocês precisarem então é só por agora. Peguei um cropped soltinho e um shorts pra cada uma. Hoje está bem calor.

- Obrigada. -digo em resposta e ela fecha a porta. Não a escuto trancar.

Faço minhas higienes matinais e tomo um banho rápido. Decido não lavar o cabelo.

Abro a janela e sinto o sol esquentar minha pele.

Coloco as roupas de Caitlin e me olho no espelho. O bom dela ter escolhido cropped foi que mesmo maior, ainda ficou bom, e o shorts era quase o meu tamanho mesmo. Olho perto da porta e vejo que ela deixou um chinelo. Visto-o e saio, dando de cara com Ryan.

- Oi. -ele diz apreensivo.

- Oi. -respondo seca.

- Eu preciso conversar com você. -ele diz e pousa sua mão em minha cintura.

Fecho os olhos sentindo seu toque e respiro fundo. O que só atrapalha pois sinto seu perfume maravilhoso.

- Ryan, você está atrasado, já começamos os treinos, vamos. -Justin aparece na ponta da escada e olha para nós- ah.. -Ryan vira para ele- 10 minutos.

Ele desce novamente, e eu retiro a mão de Ryan de meu corpo.

- Princesa.. -tenta dizer mas após eu cruzar os braços ele fica em silêncio e suspira- olha, eu errei em esconder essas coisas de você. Vou tentar te explicar tudo, você pode me ouvir pelo menos?

Continuo na mesma posição.

- Hein? -ele pergunta novamente.

- Estou ouvindo, Butler... ou devo te chamar por outro sobrenome?

- Não, Angel, Ryan Butler é mesmo meu nome -ele se vira e começa a andar e para em frente à uma porta- podemos conversar no meu quarto?

Assinto e ele abre a porta me dando espaço para passar.

Olho em volta e vejo um quarto lindo, com uma sacada maravilhosa, que dá para a piscina.

Me viro e Ryan me olhava com os olhos marejados.

- Poxa eu te amo tanto.

- Estou aqui para ouvir a história, Ryan. -digo firme.

- Tudo começou quando eu ainda era novinho, eu vivia com dificuldades na minha família, na verdade a maioria de nós vivia. Eu ia à escola por obrigação, mas sabia que não me formaria em nada, sabia que quando crescesse eu teria que ajudar meus pais com dinheiro, e não ser ajudado. Meus pais são os melhores pais do mundo, mas infelizmente não tinham condições. Quando tínhamos 11 anos, Justin sumiu de um dia para o outro, e nunca mais o vimos. Ele voltou depois de 6 anos e disse que o pai dele tinha uma gangue e queria passar para ele, nos disse que podíamos entrar e mudar nossas vidas, e a de nossos pais. Entramos, e em dois anos eu consegui mandar meus pais para a Europa. Preferi dizer à você que eles haviam morrido porque se eu falasse que estavam vivos, você iria querer conhecê-los, e isso seria impossível pois eu não mantenho contato com eles de forma alguma. Se alguém os achar, pode querer matá-los para me atingir.

- Por isso, aquele dia em que eu disse que iria contigo visitá-los no cemitério, você negou. -digo.

- Exato.. -ele diz me olhando- estou te colocando em risco estando com você, mas eu te amo e estou disposto à tudo pra te proteger.

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