Você não foi feita para mim

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Eu odeio tanto esse capítulo. Ele me faz querer desistir de escrever para sempre.

...olá.

Então, faz um tempo. Eu sei. Em minha defesa, eu não tenho defesa. Quer dizer, eu tenho, mas soa mais como desculpas convenientes do que como justificativas propriamente ditas, mas de qualquer forma, vamos ao que interessa: o motivo de eu não ter postado nada nos últimos... (fazendo as contas, eu sou ruim de matemática) quase 6 meses, mesmo tendo prometido que iria terminar After Dark antes do fim do ano passado.

1. Eu entrei em um bloqueio de escrita terrível, horrível e horroroso, tudo o que eu consegui escrever foram algumas one-shots (disponíveis no meu perfil do Nyah, caso estejam interessados); 2. Eu fiquei desmotivada, e feedback faz grande parte da minha motivação - não estou dizendo que a culpa é dos meus amados leitores, mas a falta de retorno (mais no Nyah do que aqui, para ser sincera) tem grande peso na minha escrita, ou na falta dela; 3. Eu me desliguei do fandom da Marvel por um tempo e perdi o interesse. Acontece.

Enfim, sem mais delongas, aqui está o tão esperado (ou não, me digam vocês) oitavo capítulo de After Dark. Nos vemos nas notas finais.

(ps.: eu escrevi esse capítulo de madrugada sob fortes influências de Cup Noodles sabor Frango com Molho Teriyaki, cappuccino chique sabor caramelo da minha mãe, chocolate com avelã, fini e duas garrafas de água gelada. Eu nem sei mais quem sou)

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Chamar Wanda para sair foi incrivelmente fácil, contrariando todas as expectativas e medos de Peter. Ela pareceu tão nervosa e feliz quanto ele se sentia, o que por si só foi responsável pelo enorme sorriso que ele carregou durante todo o fim do dia e a manhã do seguinte, que foi quando ele foi confrontado com a terrível realização: ele não sabia aonde leva-la.

Tia May tinha resmungado algo sobre restaurantes italianos e vinhos de vinte dólares – o que ele particularmente achava um ultraje; quem em sã consciência pagaria vinte dólares em uma garrafa de vinho – e Wade sobre chucrute, ao passo em que Peter teve que passar cerca de cinco minutos explicando sobre o quão inapropriado seria leva-la a um restaurante alemão.

Os Vingadores estavam tão longe de sua lista mental de 'pessoas apropriadas a quem pedir conselhos' que ele nem mesmo considerou perguntar, e seus amigos eram tão inexperientes na área quanto ele.

Por fim, a resposta era tão óbvia que ele quase se bateu tamanha sua burrice.

Em duas palavras: Little. Odessa.

Veja bem, Peter era um bom nova-iorquino que passava grande parte do seu tempo em seu próprio condado, no máximo se aventurando em Midtown. Quando se vive em uma cidade como aquelas, a mobilidade é geralmente desnecessária e trabalhosa. Mas mesmo ele não era ignorante acerca das melhores áreas culturais fora do Queens, em específico as comunidades estrangeiras. E em quesito de melhores lugares de Nova York para se levar sua namorada em potencial sokoviana com grande apreço pela cultura russa, Little Odessa era o destino perfeito.

Além da comida russa de qualidade, acesso mais fácil ao álcool e proximidade relativa de metrô, ele já estivera no bairro algumas poucas vezes e poderia dizer com propriedade que era como estar em qualquer outro lugar do mundo, mesmo NYC. Era perfeito.

A viagem de metrô não seria perfeita, é claro, mas era o meio de acesso mais rápido e civilizado, além de lhe garantir a chance de fugir caso tudo desse errado.

Foi com isso em mente que ele juntou suas economias, fez uma reserva em um restaurante que prometia a melhor comida caseira russa fora da Rússia (aprovado por Natasha Romanoff) e comprou dois ingressos para uma apresentação cultural de baixo custo e alto entretenimento em uma praça próxima ao lugar onde comeriam. Depois de marcar o horário e entrar em pânico diversas vezes, ele finalmente conseguiu escolher uma roupa bacana, se acalmar e aguardar com (in)paciência o bendito dia chegar.

After Dark - SENDO REESCRITAOnde histórias criam vida. Descubra agora