- Espera aí, então ele sumiu por uma semana depois do beijo? - Nami perguntou confusa e Luffy assentiu ainda com o rosto encostado na mesa fria e levemente úmida pela garoa da manhã. - Meu Deus, eu ainda estou muito confusa. Foi muita informação de uma vez.
- E o que você pensa sobre isso, Luffy? - Luffy levantou a cabeça desanimado e com uma feição insatisfeita enquanto comia um pacotinho de batatas.
Era final de tarde e Luffy estava na universidade com suas amigas Nami e Robin à espera do outro amigo Usopp. Os quatro estavam na missão de ajudar Zoro com o presente para Sanji - mesmo sob os protestos de Luffy - e iriam pa casa do mesmo. Porém Usopp precisou resolver algumas pendências que tinha na biblioteca e os amigos ficaram do lado de fora para facilitar.
Nami era uma estudante de geografia e, assim como Zoro, foi uma das primeiras amigas de Luffy, já que ambos - ela e Zoro - se mudaram para a cidade na mesma época. Apesar de um tanto interesseira, a ruiva era uma boa amiga e ótima conselheira.
Robin já morava na cidade, porém nunca havia os encontrado. Ela é alguns anos mais velha que os amigos e os conheceu quando Luffy entrou para a universidade e ela o ajudou quando o mesmo se perdeu, já que era uma veterana do terceiro ano de arqueologia. A partir daí Luffy a incluiu no grupo de amigos, ao qual ela foi bem aceita por todos.
A morena também era muito inteligente e ótima conselheira, porém tinha ciência que Luffy não estava pedindo conselho à elas por isso, ainda assim se manteve quieta sobre o assunto.
- Eu não sei, Robin. Ele disse que tinha gostado e eu sei que ele não mentiu, mas... Vocês sempre falam que eu sou muito afobado com tudo e não sei o que. Acham que eu fui apressado em beijar ele?
- Se ele é tão gostoso e tudo isso como você disse até eu dava pra ele no primeiro encontro. - Nami comentou pegando uma das batatas de Luffy que reclamou puxando o pacote contra o peito. - Sério, Luffy. É normal acontecer beijo ou até mais em um primeiro encontro, e você, por mais idiota que seja, é lindo e incrível, se ele não ver isso é um idiota. - A ruiva conferiu o horário do celular para saber se ainda tinham tempo suficiente para arrumar a casa para o amigo e voltou sua atenção ao moreno. - Então se ele sumiu ou é porque é um imbecil e você tem que mandar ele se fuder quando encontrá-lo de novo ou ele tem algum bom motivo e vai te dizer qual é.
- Além disso, não há disfarce que possa esconder por muito tempo o amor onde existe, nem fingir onde não há. - Luffy franziu o cenho com a fala da morena e ela sorriu compreensiva. - François De La Rochefoucauld.
Luffy voltou a devorar suas batatas pensativo. Entendeu, por fim, o que as amigas queriam dizer e também confiava em Law, mas estava confuso. Haviam muitos sentimentos embaralhados e ele não sabia de onde vinha aquela insegurança, ele quis beijá-lo e faria de novo com toda a certeza, ele era alguém impulsivo e se precisasse mudar quem era para agradar alguém, não valeria a pena. Mas sabia que não era isto.
Não era sobre mudar seus atos e jeito de ser para agradá-lo e fazê-lo ficar, também não se tratava de prendê-lo em si independente da situação que estivessem, porém algo em seu interior estava incomodado e desesperado por não tê-lo por perto, por ele estar próximo, mas ao mesmo tempo longe. Era um sentimento estranho e confuso, de certa forma à parte, embora entranhado com seus outros sentimentos.
Luffy foi tirado do seu transe quando mordeu os dedos onde não haviam mais as batatinhas e resmungou de dor. Nami estranhou o comportamento tão avulso do amigo, se questionando o porquê dele estar tão afetado com algo que aparentemente não tinha tanta relevância dado a falta de conhecimento sua e dos amigos sobre a relação do amigo com o homem misterioso.
- Mas por que você só está contando isso agora, Luffy? - Os olhos de Luffy se voltaram para Nami e o menor piscou suando frio, eram aqueles tipos de perguntam que tinha que evitar para não falar demais. - E por que o Zoro sabia e a gente não?
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O lupino da floresta proibida
FanfictionLuffy, mesmo com as inúmeras proibições, insistia em ir à floresta proibida. Ele não conseguia evitar de sentir a necessidade sufocante de ver aquele lupino de pelos soturnos e orbes douradas o consumir. E agora, que enfim podia vê-lo e falar com el...