Não quero ficar longe de você

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Luffy se virou para trás no mesmo instante vendo o moreno caminhar em sua direção. Sentiu o emaranhado de sentimentos que o nublava há instantes se dissipar ao vê-lo e seu olhar percorreu por todo o corpo dele averiguando se ele estava bem. Ao perceber que aparentemente ele estava e, passado a preocupação, sentiu sua raiva vir à toda.

- É seguro eu me aproximar? - Law tentou brincar com um meio sorriso, mas parou ao ver o olhar irritado de Luffy e engoliu em seco. - Eu sei que foi errado sumir assim depois daquele dia e eu deveria ter tentado me comunicar antes. Me desculpe por isso, Luffy-ya.

Luffy o encarou por longos segundos que pareceram minutos enquanto Law tentava entender o que aquele olhar significava sem sucesso. Luffy por fim suspirou.

- Eu gosto de você, Tral. E quero te conhecer de verdade, desde aquele dia na floresta estou animado com isso. - Luffy comentou segurando as alças de sua mochila. - Eu sinto que você também quer isso, e eu decidi confiar nos meus instintos então mesmo que "não esteja nos seus planos" não vou deixar você se afastar se é o que está pensando em fazer.

Luffy era alguém decidido, decisões essas que ele tomava por sua própria conta e risco sem ouvir de fato a opinião das outras pessoas quanto à isso, como havia feito quando decidiu conhecer Law e agora.

Mesmo sendo alguém desatento Luffy refletiu sobre aquilo durante todo aquele tempo e percebeu que pela segunda vez havia duvidado de seus instintos e se sentido inseguro em relação à Law, mas ele não era assim ou gostava de se sentir assim, então decidiu que a partir daquele momento seria fiel consigo mesmo e seguiria seus instintos, como sempre fazia tendo a plena certeza que eles nunca falhavam.

Não sabia explicar os sentimentos confusos que estava tendo ou a ambiguidade de suas ações, mas sabia que não era algo natural ou comum. Porém pouco se importava com aquilo, ele só ignoraria e seguiria com sua vida, agindo como normalmente faria, com base em seus instintos, sentimentos reais e impulsividade.

Além do mais, ao ver aquele olhos dourados e seu coração acalmar apenas por sentir a presença dele era o suficiente para ter certeza do sentimento que crescia em seu peito. Com toda certeza não desistiria até sentir e vivenciar o máximo que ele poderia lhe proporcionar, muito menos deixaria Law fazê-lo sabendo que ele sentia o mesmo.

- Certo. - Law não pôde evitar que um sorriso surgisse em seus lábios com aquela atitude peculiar. Qualquer outra pessoa teria o xingado de todos as ofensas possíveis naquele momento. - Mas eu não quero me afastar de você, Luffy-ya. Não enquanto você me quiser por perto. - Se aproximou mais um pouco ficando à frente do garoto e seu sorriso desapareceu. - Mas sei que você ainda está bravo e eu te devo uma explicação.

- Claro que eu ainda estou bravo. Você me fez ficar preocupado com você esse tempo todo e cheio desses sentimentos estranhos e confusos. - Law franziu o cenho com a última informação, mas não comentou nada sobre e apenas continuou.

- Eu te disse que eu tenho algumas responsabilidades. - Luffy torceu o nariz para aquilo. Se lembrava bem da conversa com ele e não gostou nada das respostas e do jeito que as coisas aconteciam com Law. - Não pude vir aqui porque surgiu alguns problemas.

- Foi por causa daquele homem que morreu?

- Também. - Suspirou. - Há muitos adolescentes na alcateia, por isso o acampamento.

Luffy franziu o cenho sem entender o que uma coisa tinha a ver com a outra, mas Law logo se prontificou a explicar.

- Nessa fase ocorre as primeiras transformações. É comum a falta de controle, a raiva, a impulsividade. São momentos difíceis e muito dolorosos, eles precisam de ajuda e apoio, eu precisava estar lá pra ajudar eles.

O lupino da floresta proibidaOnde histórias criam vida. Descubra agora