O ar frio era dominante por todos os lados mesmo no ambiente fechado e, se Luffy se recordasse dele, estaria emburrado por ter deixado tão cedo sua cama confortável assim como os braços quentinhos de Law para estar naquele aeroporto frio. Por sorte a comida, como sempre, o fazia não se importar com a baixa temperatura e ficar contente.
– Seu namorado não vai vim sentar com a gente? - Nami, sentada em uma das mesas da área aberta do terminal, na mesma fileira que o amigo, indagou virando seu corpo parcialmente para fitar o moreno citado descer as escadas rolantes atrás de si, se distanciando deles. – Pessoalmente ele é tão estranho e meio... Sombrio, chega dá calafrios olhar pra ele.
– Ele só não tá acostumado com vocês ainda. - Luffy, por outro lado, aproveitava a ausência do moreno para poder degustar diversos sanduíches – que descobriu que ele detestava pela presença de pão – enquanto curtia a presença dos amigos com a sua estimada tranquilidade de volta. – Hm, a Robin gostou dele.
– Isso porque ela é outra estranha. - Usopp, como fiel melhor amigo da ruiva que era, não podia deixar de concordar com ela, até porque ele compartilhava do mesmo pensamento. Eles ouviram muito sobre o famoso Tral, mas obviamente a visão de Luffy sobre as coisas fugia bastante da realidade de percepção dos demais.
– Não posso discordar disto, todos nós somos no fim das contas. É graças a isto que o Luffy nos juntou, afinal. - Apesar da acusação, Robin sorriu gentilmente fazendo uma pequena carícia na cabeça do moreno ao seu lado que devorava seu terceiro lanche. Como uma boa observadora, havia sido a primeira a notar o comportamento estranho de Luffy assim como toda a história que envolvia ele e Law, contudo, a verdade era mil vezes mais tranquila e menos perigosa do que havia imaginado e estava feliz pela felicidade do amigo. – O Tral-kun parece uma boa pessoa, é apenas um pouco distante, o que é compreensivo pelo que sabemos dele.
– Você só está curiosa com o que ele é e essa coisa da vida dele, sua esquisita. - Zoro, que se aproximava de mãos dadas com Sanji com uma das mãos livres enquanto a outra era ocupada por uma bandeja com alguns lanches, comentou.
Luffy, assim como os amigos, Nami, Usopp, Franky e Robin, estavam ali para acompanhar Zoro e Sanji antes da viagem que ambos fariam, dado que Janeiro havia chegado e com ele a data da viagem que Zoro havia presenteado Sanji. Eles passariam cerca de um mês fora e é claro que todos sentiriam falta da dupla briguenta e não deixariam de acompanhá-los.
– Qualquer brecha pra fuçar nessa história você está se enfiando.
– Cala a boca, Marimo idiota! - Resmungando o loiro deu uma cotovelada no esverdeado por estar entrando em assuntos não muito agradáveis e insultando uma dama, ainda por cima.
Era de conhecimento de todos os presentes o que Law era e como ele e Luffy se conheceram, ainda que por cima e sem muitos detalhes, como a existência de suas vidas passadas, por exemplo; para não serem invasivos com o tatuado e o amigo – mais do que já eram – era preferível que fosse assim, embora tenham feito perguntas bastante pessoais e comprometedoras quando o conheceram pessoalmente.
Evidentemente ficaram surpresos com toda a história, sobretudo Robin, que foi a que mais se interessou em saber sobre ele, suas origens e como era possível sua existência tanto que, dentre os amigos de Luffy, foi a que mais conseguiu se aproximar dele, mesmo que não fosse nada muito demasiado, mas já era um avanço.
– Também, Zoro-kun, mas não somente. - Direcionou uma piscadela ao esverdeado que sentava com Sanji a sua frente junto de Usopp. – Isto não muda minha visão sobre ele. Não há disfarce que possa esconder o amor onde existe, nem fingir onde não há.
Luffy gargalhou ao ouvir as palavras da amiga outra vez, sentindo suas bochechas esquentarem levemente, não por vergonha, mas pela boa sensação de nostalgia e carinho que acompanharam-nas. Robin sempre estava certa, afinal.
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O lupino da floresta proibida
FanficLuffy, mesmo com as inúmeras proibições, insistia em ir à floresta proibida. Ele não conseguia evitar de sentir a necessidade sufocante de ver aquele lupino de pelos soturnos e orbes douradas o consumir. E agora, que enfim podia vê-lo e falar com el...