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- Selma... – Carol fala passando o guardanapo na boca, limpando a sujeira num gesto de etiqueta. – Sua comida é maravilhosa – A Biazin elogia por fim.
- Obrigada. – A mulher fala e se levanta tirando os pratos da mesa – Vou lavar a louça... Carol me acompanha? – pergunta e a mesma olha para Day e Luiza, tencionando.
- Cl-claro – Ela responde se levantando e seguindo para a cozinha, ouvindo um "Que a força esteja com você" de Luiza para Carol e um "Calada" em resposta
- Então... – Selma fala enquanto entregava o prato para Carol por na secadora de pratos – Desculpa eu ter que fazer esse interrogatório com você, mas depois do Dreicon...
- Eu entendo. De verdade. – fala compreensiva, mas ainda temerosa e nervosa.
- Eu amo minha neta, mas nunca posso esquecer que Day fez burrada. – Ela diz – E sabe... Todos os relacionamentos que ela já teve, tiveram a fracassar ou serem muito errados, sempre a magoando no final. Não quero que aconteça de novo. – Ela diz e Carol tenciona de novo, Selma não sabia? – Você tá pensando que eu não sei não é? – Ela fala rindo.
- Não estou entendendo nada, Selma.
- Eu sei quais foram os termos do noivado de vocês. – fala – Day me ligou pedindo conselho na época, mas não estou me referindo a isso. Estou me referindo ao que eu vi quando saíram do aeroporto – Ela diz para a Biazin.
- Eu não sei o que viu no aeroporto... – diz e a mais velha notou a sinceridade da fala dela, mas também notou a confusão.
- Você não sabe... Ou você não quer ver? – pergunta dando o último prato a ela e a puxando para se sentar na mesa que havia ali. – Você não quer ver porque tem medo do que vem depois que ver.
- Como eu sei que não estou ultrapassando algum limite?
- Mas você vai sim ultrapassar algum limite. Duvido nada que já tenham ultrapassado e estão fingindo que não ocorreu.
- Como sabe? – pergunta incrédula
- Eu conheço um olhar apaixonado mas em conflito quanto vejo. – Ela diz sincera. – Porque eu tive esse mesmo olhar com o pai da Thay no colegial.
- E o que você fez?
- Ah eu? – pergunta apontando para si – Eu não fiz nada. – Ela diz e Carol fica surpresa.
- Como assim?
- Eu não fiz nada. Passei o colegial inteiro nervosa só de olhar para ele, que nunca disse o que sentia por ele. A minha sorte foi a gente ter feito a mesma faculdade – Ela fala nostálgica – Se eu tivesse dito antes, eu descobriria que ele também gostava de mim o colegial inteiro e teríamos poupado a novela inteira que foi nossa história – Ela termina e deixa Carol chocada.
- Thay e Day...
- Não. Elas não sabem dessa história. Na verdade, sabem apenas uma parte – Ela diz – Mas o que eu quero dizer para você é: Você e Day vão passar provavelmente a vida toda juntas, devido a esse acordo, tempo para de declarar a minha filha você sempre terá... Mas porque não contar logo e poupar toda a novela? Não seja como eu e César, tome a iniciativa. – Ela diz e segura na mão da ruiva, que estava com os olhos marejados com o que a senhora falava – Você pode fazer minha filha e minha neta felizes, seja a mudança da vida delas Carol...
- Eu tenho medo Selma... – fala limpando a lágrima sorrateira que escorreu do seu rosto e apoiando o queixo com a mão e o cotovelo na mesa.
- Medo e coragem só se diferenciam na forma como são encarados. – A senhora diz.
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O Acordo • DAYROL •
AcakCaroline Biazin, grande CEO da B-Corp, tem um problema que acompanha ela desde que assumiu seu cargo: Precisa ter uma herdeira. Pode parecer uma exigência estranha, mas no mundo atual, onde pessoas como ela são alvo de pessoas más todos os dias, é e...