Capítulo 7

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No capítulo anterior...

- Tudo bem Lucas; nisso ela sente a respiração de Samira se acelerar, como se ela estivesse acordando - Temos muito pouco tempo para sair dessa ilha, antes que...

- Antes que o quê Jan? Do que você está falando? Me explica isso direito Jan...

- Antes que a Samira desperte... E essa ilha deixe de existir para sempre, Lucas...

- Como assim Jan? Ainda não consigo entender o que quer me dizer...

- Nem eu mesma entendo direito... Tudo que sei é que aqui nessa ilha não estamos mais seguros, Lucas.

- Tem certeza disso Jan?

Agora...

- Infelizmente sim Lucas; ela realmente estava muito preocupada com a visão que teve em forma de pesadelo - Essa ilha está condenada, e nós também.

- E não há nada que possamos fazer para impedir isso?

- Eu não sei... Talvez é a única resposta coerente que posso te dar agora...

São Paulo

Sofia ainda não conseguia acreditar que sua filha havia sido abduzida por extraterrestres do mal, sua filha sendo levada por um brilho vermelho não saía de sua mente, era algo que se repetia constantemente em sua mente, igual um filme passando na tela do cinema inúmeras vezes. Um filme que ela não queria ter visto de jeito nenhum, mas mesmo assim viu, sua filha estava desaparecida e essa era a única coisa que ela sabia. Amadeus chegou na suíte que dividiam com casal com uma bandeja cheia das comidas preferidas.

- Amor você precisa se alimentar; diz chegando perto dela, e colocando a bandeja em cima da cama - Nem que seja um pouquinho, você precisa estar saudável para receber a nossa filha, quando ela voltar.

- Isso se ela voltar Amadeus; se levanta da cama e começa a andar de um lado para o outro - Amadeus, nossa filha foi abduzida, você tem noção do que isso significa? Talvez a gente nunca mais veja a nossa menininha...

- Temos que ter fé Sofia; a envolve no calor de seus braços fortes e quentes, onde ela se sentia segura e acima de tudo muito amada - Temos que ter fé no criador que tudo criou com muito carinho e amor... Soube que você deu baixa na sua carteira e largou seu emprego como professora de literatura, meu pai me disse isso hoje mais cedo.

- Eu não consigo me concentrar na escola agora, com a minha filha desaparecida; diz entre lágrimas - Eu pensei que era desespero quando o Nestor me sequestrou há mais de oito anos, os ataques constantes do Ferraz, e os ciúmes do irmão dele... Mas com o sumiço da minha filha... Da nossa filha, agora sim  eu começo a entender o verdadeiro significado da palavra desespero, Amadeus.

Não muito longe dali, Simone, agora uma escritora de sucesso, terminava de escrever o seu terceiro livro, promessas de amor, 3 volume de sua saga sobre os mutantes, que teve como primeiro volume a tocante história de sua neta Maria e o policial federal Marcelo Montenegro, intitulado de caminhos do coração. Enquanto terminava de escrever seu mais recente livro, ela se lembrava nostálgica de seu grande amor, Mauro Martinelli...

Alguns anos antes...

- Estar com você Simone é, simplesmente, maravilhoso; falava com sua voz calma e habitual de sempre - Ao seu lado me sinto jovem de novo... Quase um adolescente.

- Você é tão gentil Mauro; diz enquanto lhe serve uma xícara de chá de camomila - Estamos vivendo um lindo momento perfeito, regado a chá e poesia...

- Eu estou amando nossos momentos perfeitos Simone; a beija na testa, querendo beijar seus lábios que pareciam frescos e joviais como as pétalas de uma rosa - Quisera eu passar a eternidade ao seu lado vivendo cada dia como se fosse o último e cercado de momentos iguais a esse... Perfeitos...

Agora...

- Ah Mauro; diz para si mesma, enquanto toma um gole de seu champanhe sem álcool - Que falta você me faz... Mas lembro de você com alegria, pois ao seu lado eu pude seguir verdadeiramente os caminhos do meu coração.

Simone também acabou se lembrando de sua filha Ana Luz, que se foi antes dela, não era natural que uma filha morresse antes da mãe e Simone sabia disso, embora não se deixasse abater pela dor de ter perdido sua filha pela segunda vez e dessa vez para sempre.

  Paraisópolis

- Você deve ter ouvido mal Leonor; diz Perpétua tentando apaziguar os ânimos entre Bianca, e Leonor que estava grávida pela segunda vez - A Bibi não disse que ainda ama o Felipe...

- Eu disse isso sim Perpétua; diz Bianca sem perder a calma - O Felipe é o pai da minha filha Juno, temos uma história juntos e eu o quero de volta.

- O Felipe não é um objeto que você larga quando quer; começa Leonor - E vai atrás quando é conveniente...

São Paulo

Juno com seu poder da super comunicação conseguiu detectar os repitilianos rapidamente e ler as mentes de alguns deles. Eles queriam sequestrar os novos mutantes e isso incluía Valente, seu filho. Lucio e Valente chegaram em casa no exato momento em que Juno lia a mente do comandante Kido.

- Amor; começa Lucio se aproximando dela e beijando a sua testa - Tudo bem? Você parece pálida...

- Eu estou bem sim Lucio; começa a  falar na mente dele, de um modo que Valente não conseguisse ouvir e como o garoto ainda não controlava seus poderes, logo não saberia dr nada - Os repitilianos voltaram e eles querem o nosso filho e os demais novos mutantes.

- Tem certeza disso Juno? - Pergunta por telepatia; então estamos correndo perigo de novo?

- Tudo indica que sim, Lucio...

Amazônia

- Gêninho eu tô preocupada com a Maria; diz enquanto o ajuda no laboratório - Ela parece tão doente, você não acha?

- Não sei dizer Tati; diz enquanto faz alguns ajustes na máquina do tempo - Eu entendo muito pouco do comportamento feminino, das mulheres em geral, ainda mais quando se trata de... Mulheres grávidas.

- Essa nova gravidez da Maria não veio numa boa hora - Diz depois de lhe entregar um alicate de bico que ele trocou por outro, por ela ter lhe dado o errado; com o crescimento rápido do meu irmão e um possível ataque repitiliano a caminho.

Não muito longe dali Maria descansava, enquanto Marcelo arranjava roupas novas para o seu filho João, que havia crescido muito rápido. Não foi só o seu corpo que envelheceu, sua mente também ficou mais matura.

- Pai; diz enquanto eles escolhem uma roupa para ele - Se eu continuar a envelhecer assim... Eu cou morrer logo?

- Eu não sei meu filho; foca sua atenção nele - Tudo que eu sei, é que sua mãe, a Tati e eu nunca vamos te abandonar... Eu te prometo isso filho.

Em algum lugar remoto do Rio de Janeiro...

Lady Halley andava pelo laboratório secreto de sua base, até chegar numa sala secreta, que só ela tinha acesso, uma cela com uma surpresa dentro. Ao abrir a porta, o projeto Beta estava lendo o que parecia ser um romance.

- Agente Beta; chama a atenção da jovem com o rosto coberto por um manto negro feito a noite - Está na hora de agir... Sua missão vai começar...

- E qual seria a minha missão Lady Halley?

- A partir de hoje você vai se chamar; faz um suspense - Você vai se chamar Mabel Duarte Montenegro...

Os mutantes: uma nova chance...Onde histórias criam vida. Descubra agora