Os mutantes: uma nova chance...

Capítulo 22

No capítulo anterior...

- Você demorou a me procurar - Disse se virando lentamente; mas eu sabia que você viria atrás de mim, Samira Mayer...

- Sim, eu precisava vir aqui, te procurar, somente você pode me dar as respostas que eu preciso; diz retirando sua espada de suas costas - E vou acabar com você se não quiser me ajudar,e caso não queira me dizer o que eu preciso saber...

- Admito que você tem muita coragem para uma simples humana geneticamente modificada... Uma mutante traidora; diz sem mover um único músculo, ainda sentada de pernas cruzadas, como se zombasse de sua oponente- E algo me diz, que agora finalmente terei uma oponente a minha altura e digna de mim, ou seja você, Samira Mayer... Vamos me dê tudo que tem... E depois será a minha vez..

- Pare de falar e lute! - Seus caninos crescem rapidamente.

Agora...

- Sua coragem é de fato admirável; diz também pegando sua espada e se levantando de sua mesa de um salto e a arremessando para o lado - Vamos ver se você luta tão bem quanto brama...

- Então pare de falar; fica em guarda - E lute!

- Como queira...

A luta se inicia, Samira estava muito fraca, e Lady Halley parecia saber disso e estava se divertindo com os esforços de sua oponente de comtinuar se defendendo da lâmina de sua espada. Lady Halley era uma guerreira que praticamente nasceu num campo de batalha, não temia a morte e nem tão pouco sentia pena daqueles que ousavam lhe desafiar. Uma distração de Samira e ela lhe cortou de leve no braço, como estava fraca demais, Samira acsbou deixando sua espada cair, mas Lady Halley a devilveu com o poder de seu pensamento, estava se divertindo demais para parar aquela luta naquelr instante, há muito tempo não lutava com alguém que chegou perto de a ferir, só uma pessoa quase lhe fez isso, alguém que amou muito mais do que Noé... Foi quando Lady Halley se cansou de brincar de gato e rato, e estalou seus dedos, e Samira foi atraída ao chão, como se por alguns instantes a gravidade tivesse sido suspensa naquele lugar, então Samira ficou presa ao chão, como se toda a sua força tivesse sido drenada de alguma forma.

- Deve estar cansada, eu não a culpo Samira; diz se ajoelhado perto dela e tocando de leve seus cabelos - Eu estou fazendo isso com você desde que... Desde que te trouxe de volta a vida.

- Então foi você quem me trouxe de volta? - Tenta se levantar inutilmente do chão; por que fez isso? Por que me trouxe de volta?

- Por muitos motivos; se levanta e guarda sua espada - Um deles foi para me manter viva através de sua energia vital, infelizmente eu preciso me alimentar; diz cruzando os braços e sorrindo maliciosamente - Me alimentar da força vital de um ser poderoso igual você para continuar viva e sua irmã gêmea Maria Luz não é tão forte quanto você... Nenhum mutante, nem mesmo os antigos bebês da profecia, seriam capazes de servir a esse propósito...

- E quais os outros motivos para me trazer de volta? Vamos me responda! - Começa a se debater no chão.

- Adivinhe; Samira fica com um olhar assustado, como se soubesse o outro motivo que fez com que a tivessem trazido de volta - Muito bem você adivinhou bem; parecia até que ela tinha lido os pensamentos de Samira com o poder de sua telepatia - Foi exatamente por isso... Sua mente e sua vida estão ligadas a mim, se algo me acontecer, se eu morrer, você também morrerá, assim como a sua filha, com quem nós duas temos uma ligação psíquica muito forte...

- Você sempre soube o que iria acontecer; a essa altura Samira já nem tentava mais se libertar - As viagens no tempo foram...

- Sim, tudo foi muito bem planejado por mim, desde o início; sorri satisfeita consigo mesma - Cada parte do meu plano muito bem orquestrado,e estruturado, está saindo de acordo com que eu planejei...

Não muito longe dali...

- Marcelo, meu irmão você precisa combater esse microchip que controla a sua mente; diz se defendendo dos socos de Marcelo, que continuava lutando muito bem, apesar de não se lembrar de quem era na realidade - Por favor Celo, eu não quero ter que te machucar, meu irmão... Então tente se lembrar de quem você realmente é

- E quem disse que você vai me machucar? - Dá um soco em Beto que o faz cair no chão; agora está na hora de acabar com isso de uma vez por todas... Roberto Montenegro...

- Tem certeza de que quer realmente fazer isso Celo?

Em outra sala...

A obediência cega nos leva a perdição de nossa própria mente, Gór sabia bem disso, seu amado Metamorfo estava assim devido ao microchip da obediência implantado em seu cérebro. O que Gór não entendia era o porquê de Julie (Júlia) não ter implantado esse microchip nela também. Ambas estavam de frente uma para outra, Gór estava sobre o efeito de Zacarita, o que anulava seus poderes de controle mental.

- No começo eu odiava essa invenção humana; diz Julie sorrindo - Imagine a petulância desses humanos ao usarem tecnologia repitiliana para criar algo capaz de anular os poderes de minhas criações geniais, mas agora percebo a importância da Zacarita na causa de meu povo...

- Eu não me importo com o que você acha ou deixa de achar da Zacarita; Gór tentava controlar a sua raiva, para depois não acabar se arrependendo - Tudo que me interessa nesse momento é saber onde está meu filho... Que seu povo arrancou de meus braços, como se já não tivesse bastado tudo o que você fez comigo naquela ilha, tinha que tirar meu filho de mim, também?

- Sua convivência com a liga do bem acabou te tornando numa criatura fraca e patética; balança a cabeça em sinal de desaprovação e descontentamento - O que de certa forma não deixa de ser lastimável...

Em algum lugar do México...

O calor e o esforço que fazia era um estímulo para o desconhecido que trabalhava incansavelmente numa plantação praticamente morta diante de seus olhos. Foi quando do nada um belo jardim começou a desabrochar bem abaixo de seus pés e foi então que o desconhecido todo coberto de preto entendeu que estava na hora de voltar para aquilo que sempre esteve em seu destino, mas que no passado teve que fugir de tudo aquilo que representava o seu futuro. O seu destino, escrito desde o seu nascimento, estava na hora de voltar para casa e enfrentar antigos inimigos, que antes foram bem mais que amigos.

- Está na hora de voltar; larga sua enxada perto de seus pés - Está na hora de voltar ao Brasil para que assim eu finalmente cumpra meu destino e possa enfim alcançar a paz que nunca pude ter... Não se pode mesmo fugir do destino, Lady Halley estava certa quando me disse isso há mais de um século... E agora está na hora de cumprir meu destino, que por fios invisíveis sempre esteve atado ao dela... Minha inimiga... Minha amante... Minha noiva... E acima de tudo... A mulher que sempre amei e nunca consegui deixar de amar, por mais que tentasse bastante; reprime suas lágrimas - Tenho de voltar, vai doer, eu bem sei disso, mas é preciso... Voltar e encarar antigos fantasmas, que ainda são tão vivos em minha mente atormentada e tão cheia de medos e incertezas gritantes e cortantes feito navalhas a ferir minha carne e dilacerar a minha alma, cansada e atormentada pela culpa e o desengano... De um dia ter amado tanto e ter ido embora a deixando só... E amargurada... Por isso devo voltar para enfrentar e impedir quem tanto amei de cometer uma loucura em nome de um ideal vazio e sem sentido...