Capítulo 27

7 2 0
                                    

Cenas do capítulo anterior...

- Melhor você parar de tentar se lembrar; ela não fazia a menor questão de se lembrar quem era, só para depois ter inúmeras dores de cabeça - Eu já tentei uma vez, e não acabou nada bem... Tive tantas dores de cabeça que acabei desmaiando... E eu não quero que você se machuque...

- Mas eu sinto que preciso me lembrar de você; se ajoelha no chão com as mãos na cabeça se contorcendo de dor - Eu preciso me lembrar do que havia entre nós...

- Não precisa; se aproxima dele, e o ajuda a se levantar - Estamos juntos agora, não precisamos lembrar do passado, quando temos o presente bem diante de nós...

Em algum lugar remoto do Rio de Janeiro...

Os filhos mais novos de Maria Luz, Gaia e Cronos, nomes dados por Julie de Trevi, pois segundo ela, eles seriam ainda mais poderosos que os bebês da profecia. Eles deveriam aparentar ter apenas alguns meses de vida, mas pelas sua aparência e mentalidade já tinham pouco mais que cinco anos de idade. Julie observava admirada o progresso de Cronos e Gaia que pareciam invencíveis, ela com o poder de controlar o tempo, o adiantando e ele o atrasando.

- Esses bebês... Digo, essas criancas são um verdadeiro achado minha irmã; comenta com Lady Halley, anotando cada detalhe do desenvolvimento dos gêmeos - Você fez bem em trazê - los para nós, de acordo com meus cálculos, eles serão ainda mais poderosos que Juno e Lucio jamais foram, assim que atingirem a maior idade...

- Assim como eu esperava, os poderes desses jovens são de controlar o tempo ao seu bel prazer; diz quase tocando uma das crianças - O que nos será mais do que útil em nossa joranada... E acima de tudo para o meu plano ser bem sucedido...

- Em que sentido exatamente, esses bebês se encaixam em seu plano misterioso, minha irmã? Me diga, estou curiosa...

Presente...

Ilha do Arraial...

- Ainda bem que você chegou a tempo Julie, e colocou a Samira pra dormir, caso contrário... Não quero nem pensar... Se você tivesse chegado alguns... Minutos mais tarde; diz Taveira ainda com a sua respiração entrecortada - Se não... Ela ia acabar me matando...

- Possivelmente; fala com aparente descaso - Mas não temos tempo para conversas tolas e sem importância, tenho uma missão muito mais importante para você, nesse momento, Taveira...

- Que seria?

- Encontrar o Marcelo Montenegro... E acabar com a vida dele, assim que o encontrar, diga - me então, o que acha disso, delegado Taveira?

- Eu acho isso maravilhoso, Julie; seus caninos crescem involuntariamente, e seus olhos ficam vermelhos, e ele sorri quase que diabolicamente diante de sua nova missão - Eu vou adorar finalmente acabar com a raça do maldito Montenegro...

Agora...

- E não se preocupe, eu sei exatamente onde ele está; diz com um sorriso cínico em seus lábios - Na progenese, na clínica do Guarujá...

- Mas que idiota, o Montenegro se mostrou ser; sorri ainda mais do que a sua companheira de maldades - Logo na Progeneses esse idiota foi se esconder...

Em algum lugar do passado...

Vila Caiçara...

O amor é uma ilusão tão bonita que por vezes parece uma verdade mais do que desejada, Samira ouvia o estranho que salvara a sua vida, sem acreditar no que ele lhe dizia. Ele era um homem educado e instruído, cujo maior segredo era ser um dos repitilianos que invadiram a Terra, um traidor de sua própria espécie.

- Lady Halley e eu somos... Fomos bem mais que amigos no passado, nos apaixonamos pela humanidade; prepara um peixe assado em folha de bananeira, já que lá não havia panelas ou pratos - Mas isso não passa de algo que já passou e no passado deve permanecer... No passado, há certas coisas que é melhor nem sequer remexer... E essa é uma delas, minha cara Samira...

- E qual seu nome? - Pergunta se servindo de um pedaço de peixe assado, tendo cuidado para não sujar muito as suas mãos; você ainda não me disse...

- Tive muitos nomes ao longo dos anos, tais como Horus, Odin, Ares... Mas atualmente me chamo apenas Ninguém; diz se sevindo de uma xícara de chá - Um nome nada diz do homem ou mulher que o usam... Asim sendo meu nome se torna irrelevante neste presente momento...

Em algum lugar do passado...

Quando as coisas tem de acontecer, elas simplesmente acontecem, independentemente de nossas vontades mundanas, já que o destino quase sempre nos governa com suas teias finas e imperceptíveis a olho nu. Samira observava boquiaberta e admirada ao ver um homem forte, bonito e viril completamente a sua mercê, assim ela via Beto Montenegro completamente desacordado.

- Maria; ele acorda e a vê - É mesmo você?

- Beto; tentava fazer com que a sua voz saísse suave, como a de sua irmã gêmea deveria ser - Sim Beto... Sou eu... A Maria...

- Maria; a abraça afetuosamente - Não sabe o quanto me preocupei com você, minha querida... É mesmo você...

Não muito longe dali...

- João Miguel; diz quase sem forças, enquanto tentava manter de pé seu escudo telepatico - Eu não vou resistir por muito tempo... Eu...

- Essa é a ideia idiota; quanto mais ela efraquecia, mais o poder dele aumentava, como se ele estivesse sugando a vida dela lentamente - Para que assim eu possa te destruir; os olhod dele ficam mais vermelhos que uma brasa ardendo numa fogueira sem fim - Definitivamente...

- Eu; ela pensou que seria seu fim, quano uma força que ela julgava não poasuir se manifestou através de um fogo intenso que brotava dos dedos de sua mão - O que está acontecendo comigo, afinal?

Presente...

Em algum lugar remoto do Rio de Janeiro...

O poder é uma ilusão que cega e mata lentamente, tal qual uma erva daninha destruindo árvores frutíferas e capazes de proporcionar sombra fresca. Sócrates, líder dos repitilianos, sofria desse mal, seu vício pelo poder e por aquilo que ele julgava pertencer a ele, o planeta água, como ele e seus soldados chamavam a Terra. Julie, antes conhecida como Júlia Zaccarias, partilhava deste mesmo mal.

- Não confio em sua irmã, Julie; fala desconfiado - Ela esconde demais seus planos... E isso me assusta, considerando que no passado, ela nos traiu...

- Apesar dela ser a minha irmã, também partilho deste seu medo; diz lhe confidenciando que também não confiava nada em Lady Halley, mesmo sendo irmã mais velha da mesma - Mas o que você acha que devemos fazer para evitar uma futura traição da parte de minha irmã?

- Devemos vigia - lá...

Os mutantes: uma nova chance...Onde histórias criam vida. Descubra agora