Capítulo 10 - Ricardo

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Não me lembro da última vez que bebi desse jeito por conta de uma mulher, pensando bem, acho que nunca o fiz, virei a noite de segunda para terça feira pensando em uma forma de me vingar de Giselli e seu amante sem ser preso depois, isso quer dizer, me vingar com algo que esteja dentro da lei.

Por volta de 8h da manhã eu desisti. Tomei um banho e fui para a delegacia. Gilberto veio me recepcionar.

- Fala aí cara, tu tá horrível!

- Bom dia pra você também!

- Nuss, toma meu café, você precisa mais do que eu.

- Me diga o que mais descobriu sobre o amante de Giselli.

- Ok, se você manda. Bem, vamos lá, ele também saiu de casa ontem, e foi para um hotel. Não sabemos exatamente o que a esposa dele sabe, mas grampeamos o telefone dele e de Giselli conforme você pediu. De verdade eu acho que essa esposa é tão vítima quanto você, mas as mulheres estão sempre a um passo da gente, então fica difícil de saber. Ainda mais que estamos longe dela, só temos contato com Giselli e o amante.

- Hum, peça para mais alguém vigiar essa esposa idiota! - De repente veio um estalo na minha mente. - Já sei cara!! É isso. - Eu praticamente gritei.

- Tu tá me assustando cara.

- Esse escroto comeu minha mulher na maior cara de pau. Vou fazer o mesmo com ele, vou aproveitar da fragilidade da mulher dele, é isso.

- Cara, olha só, vou falar só uma vez e você nunca mais vai me ouvir dizendo isso de novo: Vai dar merda.

- Odeio você como amigo, sempre jogando verdades na minha cara, mas foda-se, mais na merda que eu estou impossível. Faça isso, mande vigiar ela, quero saber dos passos dela, vou me aproximar dela e acabar com ele como ele fez comigo.

- Só acho que você estará colocando mais uma pessoa nessa merda toda.

- Que nada, ela já está mais do que envolvida.

- Tá certo, vou arrumar isso, agora, vamos trabalhar de verdade? Ou vai ficar aí gastando toda sua energia em Giselli??


(...)

A semana voou, realmente a esposa de Paulo parecia uma mulher centrada, só do trabalho para casa e alguns exercícios físicos, nada demais. Mas eu estava disposto a acabar com Paulo e Giselli e sentia que Janaína era minha chave. A sexta feira me veio de brinde com uma ligação de Sanches, o segurança que designei para vigiar Janaína.

- Senhor.

- Fala Sanches.

- A suspeita que estamos vigiando, está em um pub aqui no centro.

- Beleza, obrigado.  - Olhei para meu relógio, era 8 da noite e eu ainda estava na delegacia. Conferi que Gilberto também estava. 

- Cara, vamos a um lugar comigo? 

- A trabalho?

- Haha, sim.

Saímos da delegacia. Ao chegarmos ao Pub o segurança me mostrou Janaína e eu o dispensei. Na verdade eu nunca a tinha visto tão de perto assim, a mulher era realmente muito bonita, viajei nas suas curvas, no seu cabelo bem cuidado, a roupa. Gilberto foi quem se pronunciou.

- Caralho mano. Vai me desculpar, mas a garota é bem mais bonita que Giselli, pensa num cara burro aquele escroto.

- Sim, isso vai ser divertido pra mim. - Me sentia estranhamente sem sentimentos de compaixão por ninguém, Giselli realmente tinha matado algo de bom dentro de mim. Mas enfim, a mulher estava vestida com um vestido estampado verde, uma maquiagem leve e um salto alto. Ela estava sentada em uma mesa sozinha e por enquanto ainda não estava bebendo nem comendo nada.

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