Capítulo 8 - A Descoberta (Parte 2)

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Giselli

Puta merda, eu to fudida. Pela primeira vez em todo meu casamento eu tive medo do meu marido. Ele sempre foi carinhoso e amoroso mas eu sei bem que ele pode ser bem violento quando fica nervoso. Acho que eu nunca o havia deixado assim, estava com muito medo dele. Fiz minhas malas e fui pra casa da minha amiga Susi.

- Susi, me ajuda, Ricardo descobriu tudo, me expulsou de casa e ainda ameaçou a mim e ao Paulo.

- Caralho Giselli, o que vai fazer agora?

- Não sei, to muito nervosa.

- Tá, fica aí no quarto de hóspedes, vou fazer um chá pra gente e vamos nos organizar.

(...)

- Tá bem Gi, vamos por parte, já avisou o Paulo? Ele pode estar correndo um grande risco.

- Droga, é mesmo! Sabe, eu to gostando dele, o que eu vou fazer? 

- Bem, tem que conversar com ele e contar tudo. Depois vemos a reação dele.

Olhei no meu relógio, era 17:45h. Liguei para Paulo.

- Giselli, tá tudo bem?

- Sim, e você meu amor?

- Também.

- Olha, eu preciso falar com você, é urgente, pode falar?

- Sim.

- Olha bem Paulo, eu não sei quando nem como mas eu me apaixonei por você. Esses meses que estamos ficando juntos eu senti algo que ainda não havia sentido. Eu queria muito ficar com você sem nos esconder.

- Olha Giselli, quando começamos foi tudo errado, eu não vou mentir, eu gosto de você, você é gostosa e tal, mas eu amo a minha esposa e não vou largar dela, eu sinto muito.

Não sei se foi o fora que ele me deu quando eu disse que queria ficar com ele e ele me dizendo que amava a esposa ou o medo mesmo do meu marido, mas então eu resolvi que estava na hora de explodir tudo que eu estava sentindo dentro de mim.

- Olha só Paulo, meu marido descobriu de nós dois, ele é policial, tá me ameaçando, a você e até sua esposa. Se eu fosse você sumia de casa pra não morrer. - Desliguei o telefone e chorei. Não sabia o que ia fazer da minha vida agora.


Paulo

Meu Deus do céu, sabia que isso ia dar merda, porque eu não parei, porque? E agora, será que ele teria coragem de sujar sua honra desse jeito mesmo? Se fosse comigo acho que eu teria, meu Deus do céu, o que eu vou fazer? Jana, como ela vai reagir? Que merda, merda, não acredito que fiz isso tudo na minha vida, sou um bosta. Enfim, não sei quanto tempo fiquei parado que nem um idiota tentando decidir o próximo passo, me sentia um lixo, mas por agora tinha que sumir pra não acontecer nada de ruim nem comigo nem com Jana.

Liguei pra ela.

- Oi amor, tudo bem? - A voz doce dela me fez me odiar ainda mais.

- Sim, onde você está?

- Acabei de chegar na minha mãe, vou pegar o João e vou pra casa.

- Tem como pedir pra ele ficar aí por enquanto, tenho que conversar com você.

- Aconteceu alguma coisa Paulo?

- Nos falamos em casa. - Eu mal consegui terminar essa frase e desliguei o telefone na cara dela. Não sabia como iria ser essa conversa com Jana, mas já sabia que tinha trocado minha família por umas fodas gostosas. Nunca me senti tão burro em toda minha vida. Eu só conseguia pensar no amor que eu sentia pela Janaína, não sentia isso por Giselli, nunca senti. 

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