Capítulo 2 - Se apaixonando

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Ele a levou pra casa por volta de 1h da manhã, lhe deu um beijo suave, e assim que voltou pra sua casa lhe enviou uma mensagem desejando uma boa noite. Janaína ficou encantada com a forma que Paulo a tratou.

No outro dia, um domingo, Janaína dormiu até mais tarde e Paulo também, só foram conversar mais no final da noite. Paulo disse que os pais gostavam que ele ficasse em casa no domingo e por isso não iria vê-la. No decorrer da semana os dois trocaram mensagens, mas não se encontraram devido aos horários de trabalho de cada um.

O resto dos dias foi ficando igual. Janaína não estava apaixonada, mas gostava das conversas com Paulo e principalmente das noites quentes de amor. Além de muito bom de cama, Paulo era muito carinhoso no final, e também, assim como Janaína, não demonstrava muito apego, o que aliviava suas preocupações de não se envolver emocionalmente com ninguém agora, principalmente alguém mais novo que ela.

Quase sempre seus encontros eram na casa dele, mas as vezes a vontade era tanta que transavam no banco de trás do carro mesmo. Janaína nem o considerava como seu namorado, não procurava saber onde e com quem ele ficava além dela, apesar dela estar somente com ele. Nunca nem sequer cobraram fidelidade um do outro. Era realmente uma amizade colorida. Como lembramos bem ela havia acabado de sair de um relacionamento conturbado e não queria entrar em outro.

Quinze dias se passaram após a primeira noite de amor entre Janaína e Paulo e uns 10 encontros nesse período, e como esperado, sua menstruação veio.

Paulo havia lhe enviado uma mensagem durante o dia:

- Oi meu bem, to afim de te ver hoje.

- Hoje não dá, to naqueles dias.

- Tudo bem, a gente pode só ficar conversando, te faço companhia.

Como assim? Até hoje os dois haviam feito sexo em todos os encontros que tinham, Janaína até achava que Paulo só a convidava para sair quando queria transar, nunca tinha demonstrado outro sentimento que não fosse físico. Paulo era maravilhoso, carinhoso, mas se limitava a isso, mas enfim, Janaína estava realmente muito debilitada até para ter companhia naquele dia.

- Desculpa, prefiro ficar sozinha.

- Ok, se recupera logo, beijo.

Apesar de ter achado estranho aquela conversa, Janaína realmente queria ficar sozinha, pois sempre sentia muita dor nesse período, era normal. Porém, nesse dia em particular as dores aumentaram em tamanha intensidade que, pela primeira vez, desde que passou pela puberdade, Janaína foi parar no pronto socorro.

Chegando lá, foi atendida e medicada e o médico lhe deu um atestado para ficar em casa na segunda-feira e uma recomendação de procurar imediatamente seu ginecologista.

Já em casa Janaína dormiu o restante do domingo, somente enviou seu atestado para o RH da empresa por email para explicar sua falta na segunda-feira.

Acordou na segunda por volta de umas 8h da manhã, suas dores estavam mais calmas, porém ainda incomodava, quando foi se sentar a mesa para o café da manhã viu um lindo vaso de flores que a deixou encantada. Quase não reparou o cartão se sua mãe não tivesse te avisado. Quando o pegou estava escrito. "Bom dia minha princesa, espero que esteja se sentindo melhor. Hoje a noite passo aí pra te ver. Beijos. Paulo". Janaína corou e tocou nas rosas com carinho.. Se sentiu muito feliz pelo gesto de Paulo.

Aos olhos de Janaína

"- Peraí, como ele ficou sabendo que eu estava tão ruim assim?? – Perguntei em voz alta.

- Ontem ele ligou pra saber como você estava, acho que por conta dos remédios você estava dormindo muito pesado, eu atendi seu celular e contei a ele, aliás um rapaz bem legal ao que me parece – Dona Lúcia, mãe de Janaína respondeu.

- Entendi tudo. – Janaína sabe como sua mãe é quando começa a conversar e gosta da pessoa. – Deve ter segurado ele uma meia hora no telefone neh mãe?

- Não sei porque não aproveita esse garoto, tão diferente do Diego. – Minha mãe nunca gostou do Diego, e como que mãe tem sexto sentido, ela pensou.

- Sei... Me limitei nisso.

Enfim, passei o dia em casa, descansando e me recuperando para voltar pra minha rotina.

Quanto as flores só mandei uma mensagem para Paulo agradecendo. Mas o mais estranho mesmo foi a resposta dele.

- Que bom que gostou e que está melhor princesa, nos vemos a noite.

Achei seco mas enfim, mandei um beijo.

Não posso negar que as flores foi um gesto tão romântico que me fez querer um homem assim cuidadoso na minha vida. Rsss"

A noite chega e Paulo aparece pra conversar.

Aos olhos de Paulo

"Sabia que o que havia sentido por Janaína desde o primeiro dia não era simplesmente uma atração física. No decorrer dos dias, nossos encontros, eu esperava cada minuto para estar com ela. Eu já sabia que tinha me apaixonado por essa garota.

No domingo sabia que ela estava doente mas não imaginava que era pra tanto. Quando liguei e sua mãe me explicou tudo, aliás uma senhora bem interessante e faladeira, mas me disse que Janaína havia ido parar no hospital e tudo mais.. Me deu um aperto no coração, uma vontade de estar com ela. Mas conhecia suas limitações. Porém passei a noite em claro preocupado com ela. Na segunda antes de ir trabalhar encomendei flores para ela, e depois me peguei tentando entender meus sentimentos e os dela. Decidi que iria falar com ela, sei que ela estava tentando ir devagar, mas eu quero mais, e vou conquistar essa garota. Mal consegui responder a mensagem dela, de tanta ansiedade pela noite."

Paulo chegou a noite na casa de Janaína, apesar de não estar toda produzida, aquele charme que o encantou não sumiu nem um pouco e Paulo resolve que resolveria o caso deles.

- Oi meu bem, falou e deu um selinho em Janaína.

- Oi, como você está?

- Eu estou bem e você?

- Melhor - Janaína lhe deu um sorriso.

- Preciso falar com você Jana.

- Claro - Janaína já esperava pelo término deles, e por incrível que pareça ela sentiu uma ponta de tristeza, isso não era legal.

 - Jana, desde que nos conhecemos que eu sei que você não quer se envolver e que estávamos só curtindo e blá blá blá. Mas se quer saber a verdade eu estou apaixonado por você faz tempo já. Durmo pensando em você, acordo pensando em você, passo meu dia contando os minutos para falar contigo. Enfim, sempre fui direto com você e agora não vai ser diferente. Quer namorar comigo?

No começo Janaína ficou estática olhando fixamente para Paulo, como que tentando entender tudo que tinha ouvido até agora. Para Janaína que não queria entrar em um relacionamento depois do seu término ter Paulo sendo direto com ela e propondo compromisso acima de tudo a deixou um pouco confusa.

- Paulo, mas é que eu..

- Eu sei, você não quer se machucar, tem medo de se relacionar, mas se dê mais uma chance de ser feliz, prometo nunca te exigir nada, viveremos cada momento sem promessas nem planos, só nos fazendo felizes. Vai ser minha única promessa pra você. Quero te fazer feliz.

Janaína sorri com a forma que Paulo é, sempre intenso e sempre conseguindo conquistar ela.

- Você conquista qualquer mulher com essa sua lábia toda.

- Não é a toa que sou gerente de vendas meu bem.

Os dois riram. E depois se beijaram intensamente. Encostaram a testa um no outro.

- Aceito namorar com você - Janaina falou baixo mas o suficiente para abrir um largo sorriso no rosto de Paulo.

E assim os dois começaram sua jornada.

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