Uma Nova Chance

Capítulo 11

Janaína

Sábado de manhã. Oh Deus, que dor de cabeça, como eu fui beber assim? Olhei no relógio. 10h da manhã. Não me lembro da ultima vez que dormi tanto. Me levantei, fui até minha caixa de medicamentos e tomei uma aspirina e fui pro banho. Coloquei uma roupa leve e fui até a cozinha. Fiz um café expresso e passei um requeijão em uma torrada e comi. Fui tentar me lembrar em como cheguei em casa. Me lembro do pub, da ponte e de.. um estranho. Isso mesmo, peguei carona com um estranho. Naquela hora eu estava lascada de qualquer jeito mesmo. Não conseguia ir pra casa sozinha, se ficasse lá algo poderia acontecer, então, me encontrar intacta no meu apartamento com certeza foi um bônus. Grande irresponsabilidade minha, nunca mais farei isso.

Desci o elevador e fui pegar meu carro para ir para a casa da minha mãe. Passei pela portaria e acenei para Gilson que riu pra mim com um olhar malicioso. é Gilson, sei que fiz merda ontem... Haha.

Cheguei na minha mãe e tive a melhor recepção da vida. Meu pequeno veio até mim e pulou no meu colo. Aquele abraço poderia trazer a paz mundial, é sério. Entramos e fiquei conversando com minha mãe até dar a hora do almoço. Não contei pra ela o que aconteceu ontem a noite porque realmente estou fugindo de sermões hoje. Almoçamos e fui cumprir minha promessa com João. Eu ainda me lembrava dela. Enquanto tomávamos sorvete na sua sorveteria favorita, meu celular tocou. Era um número que eu não reconheci.

Ricardo

Essa noite eu dormi muito bem viu. Aquela loira participou um pouco dos meus sonhos, foi no mínimo, gostoso. Eu realmente penso que o defeito dela deve ser o sexo, ou talvez ela seja chata, isso vou descobrir hoje! Porque bonita e gostosa a danada é, sem dúvidas.

Tinha que ir na delegacia, vários assuntos pendentes lá e iríamos planejar a semana, estamos quase alcançando o líder de uma gangue bem barra pesada e isso requer cuidado, tenho que cuidar dos meus homens.

Ao chegar Gilberto já veio me encontrar.

- Tá, não aguento de curiosidade.

- Eu a levei pra casa, mas ela nem vai se lembrar de mim, estava inconsciente, literalmente.

- Caralho.

- É, mas estou com a bolsa dela com sua carteira de motorista comigo. Mais tarde vou ligar pra ela pra entregar e dar meu segundo passo. Como está Giselli? - Eu sabia que Giselli estava na casa de Paulo, pois a esposa de Gilberto e Giselli eram melhores amigas desde a faculdade.

- Cara, olha, em respeito a você, eu expulsei ela de casa, disse pra Susiene que não queria Giselli mais uma semana lá.

- E aí? - Eu estava pensando que talvez ela pudesse voltar pra casa e poderíamos resolver nossos problemas.

- Então.. é que..

- Tá me enrolando.

- É, estou. Ela foi pro hotel que Paulo estava. Estão ficando juntos lá. - Dei um murro tão forte na minha mesa que por pouco não a quebrei. Realmente teria que continuar minha vingança contra esses dois. Tentei deixar um pouco Giselli de lado e me foquei no meu trabalho. Terminamos tudo por volta de 1h da tarde. Resolvi ligar para Janaína, é claro que Gilberto ficou do meu lado escutando cada palavra.

- Alô!

- Janaína?

- Oi, é, quem fala?

- Aqui é..... Hum.. Gilberto. - Recebi um solavanco no braço e olhei Gilberto com cara de poucos amigos. Foi mal cara, não sabia que nome dizer, vai que ela descobre quem sou eu. Escutei ela rindo do outro lado da linha. - O que foi?