Capítulo 16

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- Já está anoitecendo... - Murmurei para mim mesmo.

Tinha falado com Bakugou a algumas horas, conversamos por um bom tempo e ele me disse como as coisas funcionariam lá. Disse também que provavelmente voltará apenas em fevereiro, no finalzinho, mas não tem dia certo.

- No que tanto pensa? - Ouvi a voz de Mari.

- Em coisas. Vou sair, pode aproveitar seu tempo com a Yuna, Vou levar Yon e Aiko comigo. - Comecei a andar até o quarto. Peguei a bebezinha que brincava no chão e a coleira do Kishu Inu. - Yon! - Chamei e em pouco tempo o animal apareceu. - Vamos passear amigo?

. . .

- Kirishima! Que surpresa te ver aqui. - Mitsuki disse. - Vai contar o que aconteceu com meu bebê?

- Uhum...

- Que bom, todos estão aqui. - Abriu passagem e entrei na sua casa.

Vi meus pais e minha irmã na sala com meus sogros. Subi as escadas e deixei Aiko dormindo na cama de tia Mitsu. Yon ficou lá fora brincando no quintal.

- Então, onde ele está? O que diabos aconteceu? - Masaru perguntou.

- Canadá.

- Canadá? Como assim Canadá? - Saori me olhou confusa.

- Katsuki foi para o Canadá em treinamento. Vai ficar lá por um ano inteiro e volta só em fevereiro. - Expliquei.

- E por quê não nos avisaram?! - Kim quase gritou e me encolhi minimamente.

- Ele não queria...

- Mas poderia ter nos avisado mesmo assim Eijiro! - Minha mãe gritou e a olhei surpreso.

- Nós somos os pais dele! Você deveria ter no avisado assim que soube, temos o direito de nos despedir dele também! - Mitsuki quase voou em cima de mim.

Só não fez isso porque um choro alto e desesperado ecoou por toda a casa. Yon entrou correndo, já que a porta estava aberta, e seguiu até onde Aiko estava. O segui e encontrei minha bolinha se remexendo na cama. Andei até ela e sorri, a peguei no colo e sentei de costas para a entrada do quarto.

- Calma Aiko, tá tudo bem... - Eu falava baixinho enquanto acariciava o rosto choroso da menor.

- Dada... - A voz manhosa me fez rir baixo.

- Papai está aqui... - Dei um beijo na sua testa. - Vamos voltar pra casa?

Levantei aos poucos e a arrumei em meus braços, a criança escondeu o rosto entre o meu pescoço e ficou mechendo no meu cabelo enquanto eu descia as escadas. O cachorro me seguiu e quando passei pela sala ignorei todos ali. Fechei a porta da frente e continuei a andar, até que parei quando senti alguém agarrar minha camisa.

- Kiri... - Era Saori. - Mamãe está chamando. - Murmurou.

- Diz a ela que volto depois.

- Eijiro. - A voz de Sakura foi ouvida. Olhei para trás e vi meus pais ali juntos dos meus sogros. - Filho...

- Conversamos depois, tenho que ir pra casa... - Voltei a andar e parei novamente quando meu pai me chamou.

- Desculpe. - Tia Mitsuki disse. - Nós nos alteramos por besteira, brigar com você não vai adiantar nada agora...

- Okay. - Murmurei.

- Papai. - Saori chamou. - Papai... - Ela estava falando baixo, como diabos eu consegui ouvir? - Yuri! Papai! - Continuava a falar baixo.

- Papa... - Olhei para Aiko e pisquei algumas vezes surpreso

- O que...

- Papai! - Saori gritou.

Depois da TraiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora