Capítulo 12

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- Ela ligou. - Murmurei.

- Está tudo bem? - O de olhos carmim logo entendeu de quem eu falava.

- Sim, por sorte não aconteceu nada grave. Mas tem uma coisa que você precisa saber... - Fiz uma careta. - Vamos para a cozinha. - Pedi.

Fomos até o local, sentei no balcão e o loiro ficou entre minhas pernas com uma expressão preocupada. Eu não sei qual será sua reação quanto ao que irei lhe contar, mas espero que seja calma.

- Ela é órfã. - Sussurrei. - A mãe dela morreu depois do parto.

- A bebê? - Disse surpreso e eu afirmei. - Aí meu Deus! - Tapou a boca com uma das mãos após quase gritar. - O que vamos fazer agora?! - Okay, ele não está calmo.

- Ei! - Desci do balcão. - Se acalme... - Pedi.

- Kirishima, o que vamos fazer?! É uma... - O beijei antes que terminasse a fala.

- Eu sei, eu sei... Vamos pedir ajuda aos nossos pais, não se preocupe. - O abracei. - Vamos lidar com isso juntos okay?

- Sim, mas... não quero que aquela bolinha vá para um orfanato. - Sussurrou.

- Vamos dar um jeito amor, não se preocupe. - Apoiei minha cabeça na do loiro olhando de canto para os nossos amigos.

. . .

- Então estão me dizendo que ele achou um bebê e se colocou como responsável dele. A criança é órfã e não querem levar ela para um orfanato? - Masaru resumiu.

- Bem... Sim. - Sorri amarelo.

- Onde ela está? - Minha mãe sorriu animada.

- No hospital, quando a encontrei estava toda machucada. - Bakugou fez um pequeno bico. - Vamos quando formos embora daqui.

- Vamos ir com vocês!

- Só pode ir um acompanhante. - Falei.

- Vamos olhar de longe. - Cruzou os braços. - Vamos. - Levantou e foi saindo de casa.

. . .

Quando chegamos no hospital tinha algumas pessoas. Mahina sorriu ao ver Katsuki e saiu de trás do balcão, cumprimentou os velhos amigos e parou em frente a mim. A conhecia apenas por foto.

- Quem seria você? - Perguntou.

- Meu filho, gata. - Sakura abraçou minha cintura. - Um poste igual o pai.

- Prazer, Eijiro Kirishima. - Sorri.

- Ah! Você é o carinha do telefone! - Ela deu um pulinho. - Vamos, vou levá-los até o lugar que a menininha está, só poderão entrar duas pessoas. O resto olha de longe. - Riu e começamos a andar.

- Será que ela é fofinha? - Ouvi um sussurro de Saori.

- Bom, ela nasceu em março, dia vinte e oito para ser mais exata. Ela não tem nome ainda e abriu os olhos hoje de manhã. Mas ao que tudo indica ela é uma Kirishima, ontem depois de te ligar. - Olhou para mim por uns segundos. - Pesquisei mais a fundo e descobri que a mãe dela se chamava Menma Kirishima.

- Minha prima... Ela morreu a um tempo, não tínhamos notícias dela desde que Eijiro foi para a Coreia. - Meu pai disse.

- Entendo. Chegamos! - Mahina se animou. 

Olhei para uma salinha, tinha um vidro grande ao lado da porta, entrei ao lado de Katsuki e logo vimos uma bebezinha em um daqueles berços de hospital. Fiz um barulho sem querer e a menininha abriu os olhos calma, eram vermelhos como os meus. Tinha uma maca ao lado do bercinho, sentei ali vendo meu boy pegar a bebê e vir sentar ao meu lado.

Depois da TraiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora