45. Não tem como consertar isso | Viviane

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Eu lembrei da situação e, na hora, me veio um aperto no coração:

- Ai meu Deus! Eu nem podia imaginar isso!
- Pois é... Eu e o Carlos brigamos feio e eu não acho que posso consertar isso.
- Quase tudo é possível de ser consertado quando os dois estão com a cabeça fria.
- Não depois do que eu fiz...

Fiquei quieta, não queria forçar ela a dizer o que tinha feito, apesar de eu já ter uma ideia.

Ficamos o resto da refeição quietas, eu fui pegar a sobremesa e levar a louça na cozinha, quando ela decidiu pegar as comidas e me ajudar a colocar tudo na geladeira:

- Obrigada por me ajudar...
- Eu que agradeço pelo almoço.
- Tem gelatina de sobremesa, de cereja.

Peguei a gelatina e levei até a mesa. Melissa se serviu e sentou para comer:

- Eu sinto muito por você e pelo Carlos.
- Obrigada pela consideração.

Ficamos quietas por mais uns segundos, então ela disse:

- Eu sou a única culpada pela nossa separação.

Ela parecia estar precisando desabafar.

- Eu descobri a gravidez e, antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, ele descobriu também. Eu nunca quis ter filhos, eu sempre gostei de crianças, mas não queria ter uma.

Assenti encorajando ela a continuar.

- Apesar do Carlos pedir pra eu pensar bem antes de decidir alguma coisa, eu já estava com dois meses quando descobri. Sabia que não tinha muito tempo antes de... - a voz dela falhou - fazer o aborto. Então cinco dias depois de descobrir eu fui na clínica e fiz, mas quando eu deitei na mesa pra fazer o procedimento eu me arrependi, mas não tive mais tempo para sair...

 Então cinco dias depois de descobrir eu fui na clínica e fiz, mas quando eu deitei na mesa pra fazer o procedimento eu me arrependi, mas não tive mais tempo para sair

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