10. Podemos tomar um café? | Eduardo

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Pedi licença para sair da reunião e peguei o aparelho quando meu pai me mandou ir.

Ela não me ligava desde a noite em que nos conhecemos e eu não liguei para ela porque estava ocupado com o trabalho e também temi que ela se sentisse pressionada a ver o trabalho da nossa empresa logo de cara.

- Oi, tudo bem? - Perguntei.
- Sim, sim... E você?
- Estou ótimo... A gente não se fala mais desde aquele dia...
- Os machucados melhoraram?
- Já estou curado... E você?
- Estou bem - ela respondeu apesar da voz dela falar o contrário.
- Bom saber...

Ficamos em silêncio por alguns segundos, então ela perguntou:

- Podemos sair e tomar um café?
- Claro, que dia?
- Pode ser hoje?
- Eu estou em uma reunião, saio daqui uma hora no máximo.
- Vamos na Starbucks do Iguatemi?
- Claro... Então umas quatro e meia a gente se encontra? - perguntei.
- Quatro e meia - ela confirmou.

Entrei novamente na sala de reuniões e todos ficaram me encarando.

- Voltei...
- Estamos decidindo um prazo para tentar colocar o projeto em prática - explicou meu tio.
- Antes do natal - completou meu pai.

Assenti.
____________

Quando a reunião terminou saímos todos da sala. Eu não comentei nada sobre a Viviane. Longe de mim animar os outros pra depois não dar em nada. Meu irmão chegou em mim e perguntou:

- O que tá pegando?
- Nada não...
- Quem era no telefone?
- Uma amiga...
- Você tá estranho desde que voltou pra sala.
- Só tô chateado pela situação toda, papai não merecia estar passando por isso.
- A gente vai dar a volta por cima, ano que vem vai ser o nosso ano.
- Que Deus te ouça.
- Ele já ouviu...

Nos despedimos e eu parti rumo ao shopping.

Nos despedimos e eu parti rumo ao shopping

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Pequeno incidente - Livro 10 (Série Família Cavallero) [Concluído]Onde histórias criam vida. Descubra agora