Motorhomes

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Natalie Smith narrando...

Em algum lugar perto de Washington, d.c. 2026

Enquanto eu dormia, pude sentir os meninos andando dentro da caçamba do caminhão. Logo em seguida, acordei e ouvi barulho de zumbis.

Haviam zumbis por toda parte, principalmente ao redor do caminhão.

Para piorar a situação em que estávamos, começou a chover e podíamos ver na pista, logo do lado do estacionamento, uma correnteza.

Não conseguíamos ver Samantha, Ashley e minha mãe. Porém, ao mesmo tempo alguns zumbis cercavam o banheiro.

Eu pude ter certeza que elas estavam lá mas como eu chegaria naquele local sem ao menos ter um arranhão?

Os garotos se desesperaram.

— Natalie? O que faremos agora? – pergunta Ethan com a voz trêmula.

— Vocês farão nada. Fiquem aqui! – exclamo.

— Não podemos, Natalie. Elas estão em perigo. – afirma Anthony.

— Vocês não alcançam o pescoço dos zumbis estando no chão! – exclamo.

— E quem disse que estamos no chão? – pergunta Ethan. — Olha para nós, estamos mais altos que os zumbis!

— Tudo bem, vocês podem me ajudar. Peguem essas armas aqui e atirem na cabeça deles. – afirmo enquanto pego umas armas que estavam do lado dos colchões.

— Iremos fazer isso! – exclama Anthony.

Eles foram mais valentes do que eu em alguns momentos desde que tudo isso começou.

Naquele exato momento eu percebi que poderia ser só eu e os garotos a partir dali. Então eu tive o dobro do cuidado que eu tive.

O mundo ficou em câmera lenta para mim. A única coisa que eu conseguia ouvir eram os tiros das armas dos meninos.

Eles atiraram em todos os zumbis que estavam em nossa frente, abrindo caminho para que pudesse passar.

— Corre, Natalie! – exclamou Anthony. — Elas precisam de você!

E então os zumbis que estavam em volta do caminhão foram em minha direção. Valentemente, arranquei a cabeça de alguns e a perna de outros para adiar o ataque contra mim.

A chuva estava aumentando e minha visão estava embaçando, eu estava começando a ficar com fraqueza. Olhei para trás e lembrei do que minha mãe havia dito no começo de tudo isso.

Eu comecei a ir mais devagar pisando nas poças de lama.

— Vamos, Natalie. Corra! – exclamou uma voz conhecida.

Eu poderia estar ficando maluca mas era a voz do meu pai.

— Por você e por nós, pai! – exclamo.

Aquilo foi o que eu precisava para continuar lutando, mesmo que contra a minha vontade e o meu maior medo. Esfreguei meus olhos e voltei a correr.

— É aqui que vocês irão morrer, pragas! – exclamo gritando.

Peguei minha katana e arranquei a cabeça de todos os zumbis, que estavam na porta do banheiro, de uma vez só. Me virei e matei todos os outros que eu havia apenas arrancado suas pernas.

— Filha! – exclama minha mãe.

— Graças à Deus ou ao meu pai... – digo enquanto corro para abraçar minha mãe.

— Seu pai? – pergunta minha mãe.

— Posso ter pirado mas eu ouvi a voz dele! – exclamo.

Não olhe para trás (REVISADO E EM ANDAMENTO)Onde histórias criam vida. Descubra agora