Natalie Smith narrando...
Washington, d.c. 2025
Amanheceu. Durante a madrugada eu tive outro pesadelo mas não foi qualquer um, meu pai falecia e nos devorava como eu temia. Acordei minha mãe com meu grito e atraiu mais zumbis para perto.
— Uhm!? Bom dia? – disse minha mãe quando eu finalmente despertei.
— Não mãe! Nunca será um bom dia! Isso nem deveria ser chamado de dia! – exclamo enfurecida.
— Concordo mas você tem que partir! – disse indo em direção a cozinha preparar o café da manhã.
— Vivemos um verdadeiro inferno... – comento entristecida.
— Vem aqui comer com certeza está faminta nem jantou direito ontem! – exclama minha mãe.
Abro a geladeira e vejo que há apenas três ovos e um litro de leite.
— É... pelo visto terei que partir o mais rápido possível. – afirmo.
— Tem mesmo amorzinho, nem falei ontem mas as cenouras acabaram só sobraram duas batatas – completa desanimada.
— Conta comigo mãe! – digo com toda a força e vontade que tenho.
— Não sei o que eu seria, na verdade eu e o seu pai, sem você aqui! – comenta orgulhosa. — Nós dois, velhos, sem perspectiva de futuro e nesse mundo caótico, seríamos os primeiros a morrer e com razão!
— Eu te amo mãe!
— Eu também te amo, vem cá! – disse fazendo um movimento com a mão direita me chamando para perto.
Nos abraçamos.
— Está chorando? – pergunto preocupada.
— Sim... Olha para a minha garotinha, eu não queria que você tivesse esse futuro, que nós tivéssemos... – diz com um tom de preocupação. — Eu queria ter te oferecido um mundo com toda a paz que você merece.
— Está tudo bem, eu consigo seguir em frente. – afirmo com tom de confiança.
— Não sozinha! – completa.
— Me sugere encontrar mais pessoas?
— Se a situação apertar, sim! – confirma.
— Eu não pretendo abandonar vocês!
— Filha você sabe que a mobilidade do seu pai está comprometida. – afirma.
— O que tem eu? – pergunta meu pai curioso.
— Nada não meu velho, Natalie já está indo vou te descer para dar o último abraço até que ela volte! – responde minha mãe.
— Isso não é uma despedida, não é? – sussurro.
— Não tem como saber. – retruca minha mãe.
Minha mãe desceu meu pai do segundo andar e finalmente eu o abracei, depois daquele pesadelo qualquer passo em falso é um risco que tomamos e qualquer abraço pode ser o último.
— Pai, não esqueça...
— Jamais esquecerei de você e de tudo o que fez! – interrompe.
— Não pai! Não esqueça que eu te amo! – digo com um aperto no coração.
— Eu também te amo minha garotinha! Você sempre nos honrou e é agora que eu tenho a certeza que é você quem vai conseguir mudar o estado do mundo! – disse com um tom de positividade.
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Não olhe para trás (REVISADO E EM ANDAMENTO)
Mysterie / ThrillerEm um mundo pós-apocalíptico, Natalie Smith, no auge dos seus 19 anos, logo após o início da sua faculdade de medicina, enfreta junto com sua família e um grupo de adolescentes: zumbis apavorantes, uma jornada perigosa, amores proibidos e mortes imp...