1. Competição de ômega.

1.2K 121 39
                                    

Tremendo de frio por baixo das roupas pesadas que usava, Huang Renjun pensava seriamente o por quê de não ter confrontado sua mãe quando ela o fez sair para essa competição. Competir por alfa, seria mesmo possível que ninguém notasse o quão isso era ridículo? Bufou, coçando o nariz com a manga da camiseta. Ao seu lado, o amigo também ômega o olhou e riu soprado, negando com a cabeça.

—Você deveria pensar pelo lado positivo: vai deixar de ser sedentário. – o de cabelos vermelhos, deu risada baixinho.

—Não me aborreça uma hora dessas, Donghyuck. –respondeu, revirando os olhos.

Lee Donghyuck era um ômega de cabelos vermelhos, um pouco maior que Renjun. Seu cheiro era doce, mas com mais aroma de calda de morango. Pelo menos, Renjun identificava assim. Donghyuck não estava ali por obra dos pais, mas sim do próprio Renjun. Se o ruivo participasse, mais um chance para o Huang escapar daquilo tudo.

—Vou explicar as regras uma última vez, aos ômegas que vão participar desta competição! –disse alto o líder da alcatéia.

Ao seu lado estava parado com uma postura exemplar, Lee Jeno, o Alfa disputado pela quase multidão de ômegas ali presentes, junto de tantas outras pessoas que somente observavam o decorrer do acontecimento. Seus cabelos loiros e um tanto compridos eram bonitos e sua presença de Alfa era bem marcada em todo o local. Renjun o achava bonito, mas não para se casar. Talvez por não ter interesse nisso. Quando o olhar do Alfa se conectou com o seu por alguns segundos, o ômega logo tratou de desviar.

—Cada ômega irá correr para a floresta assim que eu liberar. Todos têm apenas um único objeto: acharem a rosa de ouro e aguardar que meu filho, Lee Jeno, os encontre. – apontou para o mesmo ao seu lado. —Aquele que for achado e não estiver em posse da rosa, será automaticamente descartado e deverá voltar. Em suas marcas, ômegas.

Todos os ômegas presentes, tiraram suas capas e as deixaram cair ao seus pés. Foram até o portão da alcatéia. A opção de tomarem sua forma lupina era opcional, portanto, Renjun nem se preocupou em fazê-lo. Mas quando estivesse lá dentro, deveria se transformar, para a própria segurança.

—Em suas marcas, ômegas. – Todos se preparam, no portão, alguns já tomavam a forma lupina. Donghyuck tocou o ombro de Renjun e lhe piscou. —Preparar... Já!

Renjun saiu correndo na frente dos ômegas que ainda não haviam tomado a forma de lobo, entrando na floresta e já sumindo entre as árvores, podendo notar Donghyuck fazer o mesmo e sumir pouco depois dele.

Lee Donghyuck não tinha nenhum pingo de interesse no Alfa herdeiro, apenas gostava de uma boa competição. A risada de vários ômegas era ouvida enquanto pulavam e corriam o mais rápido que podiam, em busca da rosa escondida na mata. Renjun tinha um plano de apenas se esconder e esperar que fosse achado. Correu, pulou raízes de árvore e se segurava em galhos grossos, que sabia não poder quebrar com facilidade.

Para um ômega, Renjun era ágil e habilidoso, até mesmo um pouco mais rápido que os demais. Também adorava competir uma vez que outra, mas esse não era o caso. Quando notou, as vozes dos ômegas haviam sumido e ele estava no mais puro silêncio, caminhando tranquilo. Ficou atrás de uma árvore e aos poucos se despiu, dobrando todas as roupas e enfim, assumindo a forma lupina. Deixou todas as vestes finas em uma bolsa que trouxe e deixou pendurada ao pescoço. Caminhou por longos minutos, que notou algo estranho do lado de uma rocha grande. E em forma lupina, foi conferir, cauteloso.

[Uma rosa pelo Alfa]

O líder da alcateia contou alguns minutos depois da saída dos ômegas e olhou para o filho ao seu lado, assentindo com a cabeça e apontando para o portão.

Uma rosa pelo AlfaOnde histórias criam vida. Descubra agora