4.Um bom ômega obedece ao seu Alfa.

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Renjun estava sentado no sofá de sua cabana, acabando de dobrar algumas roupas dele e do Alfa já limpas. Na sua cabeça, um mesmo questionamento pairava já fazia algum tempo. "Por onde o Alfa andava o dia todo?" O ômega não sabia se ele trabalhava, se ficava apenas por aí com os amigos ou pior: Se tinha um amante.

Nunca saberia disso, afinal seu marido não tinha uma marca como ele. Não sentia o que acontecia com ele e não poderia desvendar seus sentimentos apenas pela marca. Bufou ao pensar nesse tipo se coisa. Do que ele poderia reclamar? A obrigação de um ômega é se deitar com o marido sempre que ele tiver o desejo, enquanto o Huang apenas se deixa ser abraçado. Ele preferia assim e até mesmo se sentia melhor, diferente do seu ômega que tentava a todo custo se esfregar no Alfa sempre que possível. Então Renjun era um poço de confusão entre seu desejo e as necessidades do seu corpo. Porém, com a proximidade de seu cio, o jovem se sentia sensível a qualquer toque do Alfa em seu corpo e mesmo que negasse, iria acabar cedendo.

A porta foi aberta e Jeno entrou. Retirou a capa que estava usando para se proteger do frio lá fora e a jogou em um canto, o que rendeu um revirar de olhos do ômega. Não importa o quanto arrume aquela casa, Lee Jeno sempre da um jeito de bagunçar. O Alfa veio até ele e ficou de joelhos a sua frente, já que ele se encontrava sentado.

—Boa noite. – falou baixo, deixando um beijo no ombro do ômega. —Você fez o jantar?

Renjun assentiu. Quando fez menção de levantar, o maior o impediu, levando a mão as suas coxas. Se ergueu um pouco e beijou a bochecha fofa do ômega. Assim como sempre tentava dar um passo a frente e Renjun fugia de alguma forma. Os beijos doces dele desceram até seu pescoço e sua marca, a qual fez questão de beijar em cima. Como ele sabia exatamente os lugares que faziam Renjun ficar maluco?

Com um aperto em suas coxas, o ômega mordeu os lábios com força, sem que o Alfa visse. Ele queria muito o Alfa nesse momento e poderia jurar que cogitou pedir por ele. Levantou de um pulo, fazendo o Alfa se afastar e sentar no chão, o observando.

—Vou servir seu jantar! – E saiu apressado para a cozinha. No chão, Jeno riu baixo, passando as mãos pelo rosto. Como era possível que um ômega fugisse de um Alfa dessa maneira constante? Foi comer o Jantar com o ômega, já que não tinha alternativas.

Como sempre, elogiou sua comida e por fim foi se lavar do lado de fora enquanto o ômega limpava tudo e organizava as coisas da cozinha. Enquanto esperava o Alfa, ele se limitou a deitar no seu lado da cama, olhando para o teto, pensativo.

Não demorou muito para que o colchão afundasse ao seu lado e o cheiro de Alfa invadisse o quarto. Hoje, não foi preciso que o Alfa o lugar de para o seu peito, pois o ômega mesmo que o abraçou dessa vez, sendo retribuído. O cheirinho do Alfa tão próximo de si o fazia querer ficar daquele jeito para sempre, se sentindo seguro.

—Me desculpe por estar sendo um péssimo ômega. –falou com a voz abafada, já que estava com o rosto afundado no peitoral de seu Alfa. Sentiu uma mão afagar seus cabelos.

—Você não está sendo um péssimo ômega. Não deveria se preocupar com isso. – o coração do Huang bateu rápido quando ouviu o Alfa falar aquelas coisas. Se sentiu ainda melhor, com  Alfa que estava aceitando seu tempo. —Eu gosto de você. Basta ser você mesmo, que eu vou adorar.

Renjun apertou as roupas do Alfa, se aconchegando a ele e em pouco tempo, adormecendo em seus braços, se sentindo um ômega melhor e sem tantas preocupações.

[Uma rosa pelo Alfa]

O ômega acordou sentindo o corpo tão quente quanto fogo na lareira da sala. Uma vontade intensa de sexo. O Alfa ao seu lado estava de costas para si e ele gemeu baixinho, sentindo uma dor intensa. O seu cio havia chegado e nem houvera tempo para que pudesse se preparar psicologimente. Sabia que havia perdido a guerra interna com seu lobo, que estava alegre e agitado de uma maneira jamais sentida antes. O Jovem já havia entrado no cio duas vezes antes e havia passado ambos sozinho.

Uma rosa pelo AlfaOnde histórias criam vida. Descubra agora