3. Apaixonado por um Alfa

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Na alcatéia do Norte existiam duas famílias de mesmo sobrenome: Lee. Ambas sem nenhum parentesco uma com a outra. E Donghyuck agradecia aos deuses por não ser da mesma família que Mark. Vê-lo e não poder ter vontade de ser beijado por ele era quase impossível. Mesmo que um passeio fosse apenas para ser algo romântico, a mente do ômega não ajudava. Desde que viu Mark pela primeira vez, o desejou de cara. Aproveitou que Renjun havia acabado de se unir com um Alfa e usava a desculpa de não saber se ele já havia acordado ou o quanto aproveitavam se seus primeiros dias como um casal. Mas assim que pudesse, iria visitar seu melhor amigo. Afinal, estava doido para lhe contar sobre o Alfa que vem ocupando seus pensamentos.

O Jovem de cabelos loiros como o primo caminhava com semblante tranquilo ao lado do ruivo. Ambos estavam dando uma volta por aí juntos. Conversavam sobre diversos assuntos e Mark acabou se encantando pela voz doce de Donghyuck, sempre dando um jeito para que ele falasse. Fazia perguntas, puxava mais assunto e deixava ele falar enquanto só ficava o observando.

Sentaram em um banco de pedra e o Alfa sorriu minimamente. Donghyuck tinha uma beleza fora do normal e quanto mais o olhava, mais Mark Lee tinha certeza de que estava completamente perdido nos olhos e nos traços daquele ômega.

-Seus cabelos... são muito bonitos. - elogiou o Alfa. Ele faz elogios e corteja Donghyuck durante toda essa semana que passaram a dar uma volta juntos. -Acho seus cachos tão... ahn... perfeitos.

O ômega riu baixinho. Era fofa a maneira como Mark tentava lhe falar coisas bonitas, quando no fim, acabava falando a mesma que disse da primeira vez. Não o culpava, pois alfas eram assim, não sabiam expressar seus sentimentos dessa forma, diferente dos ômegas.

-Desculpe, eu não sou muito bom nisso. - pegou na mão do ômega.

-Tudo bem, eu adorei Mark. - confessou todo bobinho. Se passava apenas uma semana e ele já se sentia completamente doido pelo Alfa. Com a mão do maior esquentando a sua, sentiu o rosto também esquentar um pouco.

-Mas tem algo que eu sei fazer muito bem. - a mão livre agora tomava a lateral do rosto do ômega, que ficou nervoso. A aproximação foi acontecendo de maneira lenta, até que o rodto do Alfa estivesse tão perto a ponto de seu cheiro ser tão mais claro para o ômega. Enfim, o tão esperado toque. Os lábios macios e doces do ômega se encaixaram com os mais firmes do Alfa, que seguiu em um ritmo lento, aproveitando a sensação. Até empurrar sua língua para dentro da boca do menor, que não resistiu e levou ambas as mãos ao peito de Mark, aproveitando de seu toque tempo assim como desejava a uma semana. A separação foi lenta, enquanto o loiro deixava uma fraca mordida no lábio inferior do ômega.

Ainda de olhos fechados, Donghyuck não teve coragem de os abrir e encontrar a imagem de Mark lhe observando, mesmo sabendo que a vergonha seria inevitável. Acabava de trocar um beijo com um Alfa. A primeira vez que fazia isso, já que nunca havia sequer chegado perto de um assim.

-Você é encantador. - suspirou baixinho, sentindo o corpo quente por um simples beijo vindo do Alfa. Os lábios estavam mais vermelhos, devido ao toque recente. Tremeu um pouco pela rajada de vento que passou por si, mas logo foi abraçado de lado por Mark.

Ficaram ali conversando alguns minutos um com o outro, ali juntos. Era indescritível a maneira como Donghyuck se sentia bem e seguro ao lado do Alfa. Nunca foi de ficar por aí chamando a atenções de algum Alfa para que se casasse logo. Era como Renjun antigamente, despreocupado quanto a casamentos e união. Mas então, tudo mudou quando Mark apareceu em sua porta no dia da união entre seu melhor amigo e o primo dele.

Chegou até mesmo a pensar que foram feitos um para outro, pois sentiu cada pelinhos de seu corpo se arrepiar quando Mark lhe deu "olá" pela primeira vez. Mal sabia que O Alfa também se sentiu diferente quando bateu seus olhos nele.

Uma rosa pelo AlfaOnde histórias criam vida. Descubra agora