18. Minha própria Valhala

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Jeno já havia conseguido um encontro com o líder do leste, pai do homem do qual mantinha preso. Agora Wenham vinha puxado por correntes e um pano na boca para impedir qualquer ato indesejado vindo do Li. Consigo se encontravam Minhyung e Doyoung com alguns guardas mais atrás, parados em frente aos portões de sua própria Alcateia, para evitar riscos desnecessários.

O líder Li pai de Wenham chegava à cavalo, junto de três ou quatro homens o acompanhando. Seu olhar era de total desprezo para os presentes, incluindo o próprio filho. Puxando a corrente, Jeno simplesmente jogou o outro alfa aos pés do pai, o vendo se erguer rápida e desejeitadamente. Nas guaritas dos muros, arqueiros estavam prontos para qualquer situação. Com aroma superior, Jeno seu um passo a frente.

—Nunca mais quero ver o rosto de seu filho pisando em minha Alcateia novamente. Ainda mais depois de tudo que fez. Então da próxima vez, não hesitarei em rasgar esse imundo ao meio. – Não era preciso muito para ficar intimidado com aquilo. — Saiba de agora em diante que a Alcateia Norte não quer nenhuma ligação a Leste. Espero não vê-los nunca mais.

Acabado de falar, se virou para ir embora dali. Porém, foram poucos passos e logo se virou novamente quando ouviu um grito já bem próximo. Fora tudo muito rápido e quando viu, já tinha sua espada enfiada até o cabo no abdômen de Li Wenhan. Duas flechas também estavam cravadas nas laterais do seu corpo. Ele tinha uma adaga em mãos, mas a soltou quando sentiu o sangue começar a manchar suas roupas e escorrer, mesmo pela não de Jeno. Ele iria atacar o Lee pelas costas.

Os guardas do Leste deram um passo a frente e quando Jeno ergueu seu olhar para eles, o Líder dos mesmos fez sinal para que não fizessem nada. A boca de Wenhan enchia com o suposto próprio sangue e olhava para Jeno ainda com raiva e certo vazio.

—Não precisava ter sido assim. – Jeno o avisou.

—Meu pai iria me matar de qualquer jeito por ter perdido o bem que ele mais desejava. – Falou o outro Alfa com certa dificuldade pelo sangue todo na boca. —Mas eu queria mata-lo. Uma vida por outra, minha dívida está paga.

Então Jeno puxou a espada e Li Wenhan caiu morto aos seus pés, com sangue manchando toda a neve abaixo de si. O olhar de Jeno caiu no homem que olhava o corpo com desprezo. Dois homens vieram o arrastar.

—Sinto que nos veremos de novo, um dia. –Disse o velho líder, observando Jeno. —As coisas não acabaram aqui, líder Lee.

Logo guiou o cavalo para longe, sendo seguido pelos homens com o corpo de seu filho arrastado. Li Wenhan estava morto e mesmo assim as dificuldades não acabariam tão cedo. Mas Jeno desejava profundamente que aqueles que machucam seu povo esquecessem.

[Uma rosa pelo Alfa]

—Merda... – Renjun soltou ao sentir uma quentura subir pelo corpo, sem motivo aparente.

—Omma, você está bem? –perguntou Jisung, que mostrava um pequeno brinquedo de pendurar e balançar para o bebê que estava em seu cestinho enrolado nas cobertas, olhando fixo para o seu irmão. Renjun sorriu mínimo para ele.

—Está sim, Jisung... só estou um pouquinho desconfortável...

Passou a mão pelo pescoço, sentindo a temperatura do corpo subir. A porta foi aberta e um Donghyuck de expressão preocupada entrou, sendo bem recebido por Jisung, que gritou "Tio Hyuck!" e foi correndo lhe abraçar. Porém, a expressão do ruivo foi substituída por confusa quando olhou para Renjun e viu que ele pressionava suas pernas uma contra a outra e parecia suar.

—Oi Sungie. – O pegou no colo e se aproximou um pouco do amigo. —Você está bem, Renjun?

—Ahn... – Engoliu em seco. Donghyuck aspirou fundo o ar, sentindo o cheiro do ômega começar a se espalhar por ali.

Uma rosa pelo AlfaOnde histórias criam vida. Descubra agora