12. Os estilhaços de um elo eterno

328 54 34
                                    

Pela manhã, bem cedo, Jaemin esperou nos portões da alcateia pela chegada de sua espada. Estava nervoso, batendo o pé no chão encostado a uma pilastra dos portões. Ele havia "perdido" a espada e agora estavam a trazendo de volta.

A verdade era que havia sido tirada de si pelo seu pai, Líder Na. Jaemin vinha sendo muito irresponsável ultimamente na sua alcatéia, causando grande dor de cabeça ao pai. Mesmo sendo um garoto bom, era muito encrenqueiro e já não tinha mais idade para agir assim. Desonrando famílias, arrumando brigas por aí... essas coisas estavam ocupando o tempo que o líder usava para coisas realmente importantes. Então teve sua espada retirada pelo líder para que tivesse mais responsabilidade. E agora seria devolvida apenas para que ele pudesse usá-la no solstício.

—Já não aguentava mais tanta espera. – murmurou observando uma carroça se aproximar. Nela estavam quatro homens, vestidos com as cores de sua alcateia. Assim que chegou nos portões, o jovem se aproximou, notando algo estranho no ar. No meio da carroça estava sua espada na bainha. — Dá-me a espada logo, não tenho todo o tempo do mundo.

Porém, os homens continuaram a olhar para o Alfa ali parado, no aguardo de seu equipamento. Franziu o cenho, tornando já irritado. Não era sempre que seus subordinados lhes desobedecem. Na verdade, eles nunca faziam isso. Se inclinou, puxando o objeto para as próprias mãos.

A espada de Jaemin era pesada e bem detalhada no cabo. Não sabe onde seu pai mandou forjar o objeto, mas sabe que a ganhou quando completou seus quinze anos e desde então ela vem sendo usada por si. Seu pai uma vez lhe disse que seu outro pai Alfa já morto a deixará especialmente para ele, então a arma era algo muito especial para ele. Voltou o olhar aos homens, mostrando os dentes em outro rosnado.

—Se era pesada demais para alguma das menininhas carregar, bastava ter dito. – amarrou a bainha na cintura e puxou o objetivo, com a lâmina fazendo um som já típico. Enquanto Alfas comuns achavam pesada e muitas vezes não conseguiam sequer segurar, Jaemin a erguia e usava apenas uma mão, a achando bem leve. Sorriu observando seus entalhes e o reflexo na lâmina perfeitamente polida. — Perfeita.

A girou com o punho e colocou de volta na bainha. Voltou a caminhar novamente para dentro daquela Alcatéia, já muito exibido com sua espada. Durante alguns minutos apenas caminhou pelo lugar, observando a todos que já trabalhavam logo cedo. Uma figura próxima a uma banca de frutas lhe chamou atenção. Baixinho, com cabelos escuros. Quando o vento levou aquele cheiro para si, o Na sorriu, sabendo de quem se tratava.

Foi até lá, notando o rostinho bonito concentrado escolhendo frutas para colocar na cesta que carregava.

—Um ômega distraído...

—... É uma presa fácil. –completou. Seu olhar foi para o rosto do castanho, observando seu belo sorriso. —Olá, Na Jaemin.

Dito isso, voltou a colocar as frutas na cesta e pagou o vendedor com algumas moedas de seu saquinho, o guardando por baixo da capa depois. Jaemin foi insistente e o seguiu, caminhando ao seu lado.

—Notou alguma diferença em mim hoje? – perguntou de maneira exibida. Huang lhe olhou como se nada tivesse mudado no Alfa. Negou com a cabeça, não notando diferença alguma. Jaemin murchou. —Nada mesmo? Eu estou com minha espada.

Apontou, notando o ômega descer o olhar e confirmar com a cabeça, como se pouco ligasse para sua espada. Eele realmente pouco ligava, mas Jaemin parecia tão animado.

—Parabéns. Quem trouxe pra você?

—Alguns guardas. Ela é muito preciosa para mim, sabiam que se algo acontecesse a ela... Bom, eu não responderia por mim. – mexeu os ombros. —Então, o que faz acordado a essa hora? Os jogos são daqui a algumas horas.

Uma rosa pelo AlfaOnde histórias criam vida. Descubra agora