5. Sobre Alfas e Ômegas.

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Então se fazia oficialmente um semana que o ômega não conversava com o Alfa. Trocavam poucas palavras e dormiam na cama ama cama longe um do outro. Renjun não se deitava mais no peitoral de Jeno para dormir, e quando acordava próximo, se afastava. Estava muito machucado por dentro, seu coração dilacerado. Quando ele e seu Alfa começavam a se resolver, ele lhe provou ser como todo o Alfa quando não tem o que quer ou não é acatado por seu ômega. O lobo de Renjun também se encontrava triste, desanimado nos últimos dias após a voz de Alfa ter sido usada em si.

Pelo menos hoje, Donghyuck finalmente havia aparecido e estava a par de tudo, principalmente do cio, da voz de Alfa e dos sentimentos do pequeno ômega. Enquanto Renjun também havia sido colocado a par de tudo de aconteceu na vida do Lee durante aqueles dias que não se viram, que mais pareceram uma eternidade. Agora ambos estavam sentados a mesa, modelando pão caseiro enquanto conversavam.

—Acho que uma boa conversa seria o suficiente, Renjun, por Odin! Ele é seu Alfa, tenho certeza que sabe da dor que lhe causou, mas ficar tanto tempo sem conversar um com o outro pode acabar afetando a relação e ainda mais que isso: você. – apontou, modelando uma massa de pão. —Se você não gostasse dele nem um pouquinho sequer, isso tudo seria um desastre e seu corpo já estaria rejeitando a marca. A não ser que Jeno seja um feiticeiro e lhe deu uma poção do amor.

—Sinceramente, Donghyuck, ele poderia ter me pedido desculpas! Ou que tivesse vindo conversar comigo! Espero profundamente que Thor jogue um trovão na cabeça desse Alfa idiota para que ele preste atenção em suas atitudes! – bufou, modelando a massa do pão com certa raiva, deixando seu formato completamente torto. Suspirou, olhando para o seu pãozinho torto. Apoiou a cabeça na mão em cima da mesa, fazendo um biquinho. — Não sei o que fiz demais para ele usar aquele tom comigo, Donghyuck. Eu apenas perguntei com quem ele falava... será que era... um possível... amante?

Donghyuck o olhou com expressão incerta. Ele não poderia afirmar uma coisa dessas, pois também não sabia se era uma informação verídica. Talvez Jeno tivesse apenas aceitado essa união toda por obrigação de seu pai. Mas nunca colocaria minhocas no cérebro de seu amigo.

—Não seja bobo, Injun. Se ele te traísse você iria saber. Afinal, são marcados. – O menor desviou seu olhar e Donghyuck cerrou os olhos. — Não me diga... Você não o marcou durante seu cio? Ou depois? Você poderia marca-lo para acabar com sua angústia, Huang Renjun! Por que não o fez? Sinceramente, estou precisando voltar e puxar sua orelha! – E realmente puxou.

—Aí! Nós não conversamos sobre isso, nem nada. Eu não poderia marcar meu Alfa sem o consentimento dele... ainda mais no cio, eu poderia quebrar completamente o clima com ele ou discutirmos... Não sei se ele deseja que eu o marque.

—Vocês são um casal! Isso não é sobre querer, e sim sobre Alfas e ômegas, sobre uma união!  Você como ômega deveria saber disso. – negou com a cabeça e terminou de modelar seus pãezinhos, Renjun logo levou tudo para assar.

—Por que não me conta mais sobre o Alfa que está lhe cortejando, Hyuck? – desviou de assunto o ômega menor, limpando a mesa.

—Eu já lhe contei tudo, acha que eu iria esconder alguma coisa?

—Quem sabe... você ficou duas semana sem me ver, como vou saber se ainda me ama? – começou a fazer um tipo de drama para seu amigo que veio para o abraçar. Talvez os hormônios do cio ainda estivesse lhe afetando um pouco.

—Não seja bobo! É claro que eu te amo. Enfim, tenho que voltar para a casa! Amanhã eu venho comer um pãozinho. – beijou estalado a bochecha do menor, lhe apertando no abraço. Renjun riu e negou.

—Duvido muito que Jeno deixe alguma coisa para você comer amanhã.

Rindo um pouco um com o outro, se despediram, mesmo que o Huang insistisse um pouco para que o amigo ficasse. Então, assim que ele finalmente se foi, o ômega voltou as panelas, dessa vez para trazer a comida a mesa quando o Alfa voltasse. Enquanto usava uma colher de pau para mexer o conteúdo da panela, sua mente voou longe, para Jeno quando estavam passando o cio do ômega juntos. Ele não se lembrava tanta coisa, pois foi o período em que seu lobo mais tomava a superfície. Seus olhos ficavam acinzentados em um forte, enquanto lembrava que os olhos do Alfa ficavam vermelhos, ainda que não tão fortes.

Uma rosa pelo AlfaOnde histórias criam vida. Descubra agora