13. Me afogo no teu afago.

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Aos poucos, o ômega acordou. Uma dor de cabeça se fazia presente e sua cabeça latejava um pouco. Sentou na cama com cuidado, notando estar na sua cama. O cheiro de Jeno ali era forte. Jeno. Esse nome rondou a mente, fazendo a dor de cabeça aumentar um pouco. Ao olhar a própria imagem refletida no espelho da parede se assustou quando notou um curativo no pescoço, no local de sua marca.

Então todas as lembranças voltaram aos poucos, lhe deixando um pouco tonto. Beijar Jaemin, sentir as pernas bambas, ser levado para casa, Jeno agredir Jaemin. A última coisa que se lembrava era da imagem de vovó Park beijando sua testa antes de apagar, se sentindo muito pesado e cansado. Se levantou com cuidado, caminhando até a porta. Quando a abriu, deu cara com um garotinho encostado a porta que levava ao grande salão, onde vozes altas eram ouvidas. Ele parecia querer escutar o que falavam do outro lado, algo que não era muito difícil.

—Ei – chamou, ganhando um olhar assustado, mas retribuindo com um pequeno sorriso. —Está tudo bem, não vou te machucar. Eu me chamo Huang... Na verdade, Lee Renjun. O que faz aqui?

Sentou-se no sofá enquanto o garotinho se aproximava devagar, ficando alguns metros longe dele. Seu cabelos eram escuros, como os de Renjun. Seus olhos eram azuis e seu rostinho era muito fofo. Vestia uma roupa simples, um pouco suja, além de ser muito baixinho.

—Você que é o namorado do Mark? Mark Lee. – perguntou baixinho. Renjun negou, sorrindo engraçado.

—Não, não sou. Eu sou marido do Jeno. Já o conheceu? – ele mexeu os ombros. Suas mãos brincavam uma com a outra e ele parecia nervoso. —Tudo bem, qual seu nome? Pode me dizer?

—Park Ji-hwan. – respondeu baixinho, no mesmo tom de antes. O Huang sorriu gentil, admirado com aquele garotinho. Estendeu a mão, vendo ele hesitar, mas pegar.

—Prazer em te conhecer, Ji-hwan. Onde estão seus pais? Sabe me dizer o porquê de estar aqui? – agora, com o menino mais próximo, Renjun afagou levemente seus cabelos. Ele parecia murcho, de certa forma.

—Meu Appa era um guerreiro! Ele veio com amigos para entregar algo ao... Jaemin? Acho que era esse seu nome. – seguiu —Atacaram meu Omma e mais algumas pessoas da nossa alcateia. Eu me escondi e os segui dentro da carroça, mas então alguns homens atacaram eles também. Meu Appa estava dormindo quando o vi.

—Dormindo? –perguntou aflito. O pequeno sinalizou positivamente.

—Sim. Mas ele estava de olhos abertos, com os amigos guerreiros dele. Todos estavam um em cima do outro, com roupas sujas de vermelho e rasgadas. Tio Mark disse que estavam apenas dormindo. – o coração de Renjun pareceu ficar apertado. A barriga do garotinho roncou alto e o ômega sorriu, passando a mão em seus cabelos.

—Está com fome? – recebeu um gesto positivo com a cabeça. —Tudo bem, então vou fazer algo pra gente comer, pode ser?

O garoto maneou a cabeça de maneira positiva, frenético. Renjun o deixou sentado na mesa enquanto conversava sobre coisas banais com o garotinho, fazendo comida.

Não se surpreendeu quando colocou tudo na mesa e o garotinho já estava no seu terceiro prato, comendo da maneira como Alfas comiam. Além de ser um Alfa (que estão sempre com fome), ele estava com fome nesse momento, então não foi difícil que apenas mandasse tudo para dentro. Enquanto comia, Renjun o analisava. Era pequeno para um Alfa e parecia ter quase cinco anos de idade.

A porta em que ele antes estava se abriu. Os olhares foram parar nas figuras que adentraram o local falantes. Porém, o olhar daquele alfa loiro fez o corpo do Huang se arrepiar completamente. Seu sorriso crescendo gradativamente, correu até Renjun com rapidez, o pegando nos braços.

Uma rosa pelo AlfaOnde histórias criam vida. Descubra agora