15. Inimigos que surgem

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O cheiro delicioso de pães fresquinhos e café quente invadiram as narinas do ômega que até poucos segundos estava dormido. O barulho da porta se abrindo fez o mesmo abrir os olhos, achando uma cena engraçada e inusitada aquela que via a sua frente.

Já no estava adentrando o quarto com um de seus belos sorrisos no rosto, caminhando até a cama em que o ômega se encontrava. Ele carregava uma bandeja de madeira, com uma caneca de café e pães em um dos pratos. Renjun coçou os olhos, se sentando na cama e o olhando com um sorriso bobo, mas ainda assim desconfiado.

-O que está fazendo, Alfa? - questionou ao vê-lo se andar próximo e deixar a bandeja sob as pernas cobertas do moreno.

-Café da manhã. Espero que esteja bom, eu não sei cozinhar muito bem. - admitiu coçando a nuca. O moreno riu, recebendo um beijo na bochecha. Jeno parecia estar ralando para lhe reconquistar, sendo até mesmo romântico. - Jisung ainda está dormindo, não tive coragem de acordar ele. Parecia tão bem.

-Imagino que sim. Vou comprar roupas para ele, o que acha? - perguntou enquanto comia um dos pãezinhos. -Ele precisa de roupas, ele não pode usar nossas roupas para sempre!

-O que você desejar, por mim, está ótimo. - tirou um saquinho de um dos bolsos, o deixando na pequena cômoda ao lado. Não era novidade para Renjun, já que aquele saquinho com moedas de prata já era bem conhecido por si, de quando Jeno deixava dinheiro para comprar o necessário para a casa. Concordou com a cabeça, levando a caneca a boca e bebendo um pouco do café.

Três batidas pesadas foram ouvidas da porta da frente. O ômega tremeu levemente, se assustando. Afinal, a essas horas era quase impossível adivinhar que teriam visita e mais quem isso, quem poderia ser tão cedo da manhã. Jeno sinalizou que voltava logo, saindo do quarto e se direcionando rapidamente até porta, visto que tanto barulho poderia acordar o pequeno Alfa no quarto próximo com facilidade.

O Loiro abriu a porta, se deparando com Jaemin e sua expressão nada boa, atrás dele Jungmo estava com aparência preocupada com o irmão. Antes que pudesse falar algo, o Na mais novo lhe empurrou para o lado, adentrando a casa a passos desesperados, falando tão rápido que Jeno mal podia entender, mas não ficou nada contente ao ter aquele outro Alfa entrando em sua casa daquele jeito.

-Eu lhe perguntei diversas vezes como ele estava!- falou irritado, virando o corredor dos quartos - Ele acorda e você sequer me informa! É tão irresponsável quanto eu!

A pouquíssimo tempo, Jaemin havia descoberto por acaso o despertar de Renjun, ao que Mark comentará sem querer enquanto lhe ajudava no mistério do buraco no muro. O castanho respirou fundo o cheiro do ômega, aquele cheiro que tanto gostava e abriu uma das portas com certa força, fazendo o ômega sentado na cama dar um pulinho lugar. No mesmo instante o Alfa abriu um sorriso aliviado, indo até ele rapidamente e o abraçando com força.

-Estive tão preocupado com você! - confessou. -Não tem ideia de como foi torturante não ter certeza se você iria acordar. Mas você está aqui e está bem!

Saiu do abraço, segurando com delicadeza nas bochechas do ômega, como se fosse beija-lo. O moreno se desvencilhou do seu toque, desviando. O olhar do Na passou a ser confuso, começando a notar tudo ao redor. Ele estava no quarto que costumava dividir com Jeno quando eram marcados e exalava seu cheiro misturado com o dele. Ferveu.

-Vocês dormiram juntos? - o ódio em sua voz era perceptível, Renjun nunca havia o visto dessa forma. -Você não era mais marcado, por que fez isso?

-Jaemin, você está se precipitando. E além do mais, não deveria se preocupar com essas coisas. - falou o ômega, colocando a bandeja ao lado de sua cama. Jaemin pareceu não gostar ouvir aquilo.

Uma rosa pelo AlfaOnde histórias criam vida. Descubra agora