Criança

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David:

Deixei as chaves em cima do balcão e fui assistir TV.

Acordo com os baixos ruídos de cadeados sendo destrancados e olho em direção a porta

-Filha da puta, volte aqui! - a vejo correndo para fora de casa

Essa garota me paga!

Corro atrás dela com longos passos vendo a menina desesperada em minha frente. Não demora muito para que eu a pegue por trás tapando sua boca para abafar os gritos e segurando em seus braços para impossibilita-la de qualquer golpe.

Arrasto a garota até em casa logo fechando a porta com os pé.

-Sua imunda, eu confiei em você!

-Você é maluco! - vejo seu rosto virar rapidamente depois do belo tapa que eu dei

-Não vou ter dó de matar você.

Arrasto ela até meu quarto, abrindo meu guarda roupa pegando uma pistola e apontando em sua cabeça.

-Até o inferno, vadia!

O barulho da bala foi alto e sangue se espalha em todo meu rosto

Droga porque eu fui tão tolo em deixar as chaves de bobeira!

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{...} -Lis, levanta, está na hora

A vejo pulando do sofá e ficando de frente para mim.

-Ai meu Deus já? Ok, eu vou me arrumar! - ela sai tão rápido que eu só consigo ver seu vulto

Espero uns 10 minutos e a vejo saindo do quarto com uma calça jeans e um moletom

-Iae como eu to? - ela pergunta

-Ótima! - coloco a touca do moletom na sua cabeça - Vamos?

-Vamos - ela começa a dá uns pulinhos. Eu estranhei um pouco mais depois deixei quieto, posso me acostumar...

Abro a porta e sinto o vento gelado entrar pelas minhas narinas. Lis sai avoada quase me atropelando. Eu ia xingar ela mas paro depois de ver o que ela fazia

Ela olhava as ruas iluminadas pelas poucas luzes como se fosse algo novo. Respirava o ar bem fundo como se fosse a última vez que pudesse sentir ele.

O que eu fiz?

Me senti culpado, tirei a coisa mais importante de qualquer pessoa

Sua liberdade

-Vamos por aqui - passo ao seu lado fazendo sinal com a cabeça para que ela me seguisse

-Para onde vamos?

-Andar. Não era isso que você queria?

-Oh claro - dou um pequeno sorriso de lado ao ver ela se calando

...

-Iii chegamos!

Era um grande círculo de areia com dois balanços e duas gangorras, apenas.

-Está meio acabado, Eu sei - dou uma risada nasal - foi construído a muito tempo

-Uau David- ela analisa bem o lugar - aqui é um ótimo lugar para descansar a mente quando sua cabeça estiver implorando por sossego - fala sentando em um dos balanços me olhando para que eu sentasse ao seu lado

-É... - me sento - eu vinha aqui quando pequeno - desmanchou o sorriso ao lembrar da minha infância

-Me lembro das crianças correndo. Das mães que brigavam com seus filhos porque batiam em outras crianças. Me lembro dos gritos e das risadas - dou um pequeno sorriso de lado, lembrando de tudo

-Sabe quando você é criança e pensa como o mundo é fácil de mais? Você chega a ser tão inocente ao acreditar nos nossos pais que descrevia o mundo como uma coisa tão bonita. Mas quando você cresce, vê que tudo não passava de uma grande mentira. Nada é tão fácil como diziam. Nada é tão bonito. E depois você só deseja ser aquela criança feliz, que recebia amor, atenção e carinho...

Paro de falar ao perceber seu olhar confuso mas ao mesmo tempo curioso

-Me desculpa, eu estou falando tanto que...

-Tudo bem. Deve ser estranho pensar que aquela criança sorridente, esteja passando por tantos problemas... - ela me dá um sorriso apoiando suas mãos na minhas costas

Nossos corpos começam a se aproximar até sentir sua respiração em meu rosto

Ela inclina sua cabeça, e eu penso eu recuar, mas não, eu deixo acontecer

Sinto seus lábios quentes nos meus e a minha vontade é de nunca parar aquele beijo calmo e compreensivo.

-Sabe de uma coisa que você nunca vai ganhar de mim? - ela para o beijo e me olha

-O quê? - franzo o cenho

-Ir mais alto nesse balanço! - ela ri se afasta logo pegando impulso com os pés

-Ah quer apostar? - começo a rir junto com ela vendo quem iria mais alto

-Isso não é justo, você tem mais força!

-E o que tem haver? - aumento um pouco o tom de voz pelo fato dos balanços estarem afastados um do outro

-Quer saber? - paro de balançar - vamos ver quem se dá bem na gangorra.

-Você tá me desafiando?

-Sim! - saio correndo em direção as gangorras

Espero ela subir em um dos lados e logo começamos com aquele sobe e desce.

Desço o meu lado da gangorra, deixando Lis presa lá em cima

-Ei seu idiota isso não vale! - eu nem ligava pelo o que ela falava eu apenas dava altas gargalhadas

-David isso não tem graça me põe no chão!

-Não tão cedo

Parei pra admirar aquela cena. Minha visão estava perfeita. Lis com seus curtos cabelos bagunçados e essa blusa de moletom que eu acho um charme em seu corpo, sua carinha de brava e a lua dando um toque final naquela obra de arte. Eu poderia ficar aqui para sempre

Saio do transe a descendo rapidamente fazendo ela bater com a bunda no chão

-Aa seu filho da mãe, mas você tá fudido! - ela resmunga e a minha barriga doía de tanto rir

A garota corre em minha direção fazendo eu cair na areia com ela em cima de mim

Agora eu consigo ver seus olhos bem de perto. Sem pedir permissão eu a beijo e ela continua.

-Ei David - ela me olhar mordendo seus lábios que já estavam quase roxo por causa do frio

-Pode falar

-Promete sempre me trazer aqui? Não precisa ser todas as noites, só algumas...

Como negar alguma coisa pra esse anjo? Meu anjo?

-É claro Lis, sempre! - a beijo de novo

Minhas mãos entram em seus cabelos e eu consigo sentir seu perfume

Talvez eu esteja realmente gostando dela

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Hmmmmm será?

Um momento mais romântico e afins. Pena que momentos felizes duram pouco tempo não é?

Não esquecem de votarem, pleaase ⭐⭐⭐

Tem mais pra baixo 👇👇👇

Bjjs❤️


A PrisioneiraOnde histórias criam vida. Descubra agora