David:
Escuto o barulho do carro sendo estacionado logo vindo alguém e abrindo o porta malas do carro. Aperto um pouco os olhos por causa da claridade que atinge o lugar. Eu estava todo suado por causa do calor que as roupas até grudava em meu corpo
Me acostumo com a luz e consigo ver nítido a cara daquele policialzinho de merda sorrindo descaradamente e me tirando a força do carro como se eu fosse um animal. O desgraçado deixou o sangue secar em seu rosto para se fazer de vítima e eu sair como culpado
Eu sei que foi eu quem começou, mas o cara parece que não tem um mínimo de honra em chegar em uma delegacia com a cara limpa e um bandido em seus braços, sorridente pelo trabalho bem feito.
Ele segura firme meus braços que estão encostados em minhas costas e caminhamos até a entrada da delegacia
-Feliz pelo seu novo lar? - ele fala e eu reviro os olhos
Atraiu diversos olhares. Alguns com nojo, outros com curiosidade, mas em nenhum momento baixei minha cabeça. Não tenho orgulho do que fiz, mas também não tenho vergonha.
Vejo uma mulher se aproximando e deduzo ser a detetive Path que o policialzinho estava conversando no rádio. Ela era um pouco mais baixa que eu. Seus cabelos estavam preso com uma única mecha solta em seu rosto. Ela deu um sorriso mostrando todos os seus dentes e eu não consegui distinguir se era um sorriso educado ou um sorriso de quem acabou de encontrar a peça chave de seu quebra cabeça. Acho que ficarei com a segunda opção
-Boa tarde polícia Bruno - ela diz para o indivíduo mas em nenhum momento olhou para ele. Seus olhos queimavam em mim e eu me senti talvez um pouco envergonhado com a situação
-Boa tarde, detetive. Esse aqui é o carinha que falei pra você hoje mais cedo - ele balança as algemas e a minha vontade é de quebrar a cara desse cara
-Estou vendo - ela finalmente tira os olhos de mim e foca no policial que estava um pouco atrás de mim e eu agradeci mentalmente por isso. Parecia que essa mulher estava tentando me decifrar apenas com um olhar - Meu Deus Bruno, o que é isso no seu rosto? - Ela chega mais perto dele quase tocando em seus cortes
-Não foi nada de mais. Só o bonitinho aqui que veio pra cima de mim. Mas fica tranquila que ele já está preso. Só o trouxe aqui para falar com você sobre o caso.
-Pode deixar comigo a partir de agora. - ela tira as mãos do policial das algema e começa a me guiar com suas mãos em minhas costas - Levarei ele para a sala comigo e quando terminar o depoimento, mandarei buscar ele para a prisão.
Logo um calafrio percorreu a minha espinha. Por um momento eu me lembrei que tinha uma pessoa presa dentro da minha casa, sozinha e com certeza impaciente esperando pela minha chegada. Eu corria um risco enorme de procurarem algo lá e acharem logo a garota que eles tanto procuram. Eu precisava dar um jeito de sair desse lugar o mais rápido possível. Eu não consigo nem imaginar o que Lis poderia fazer se percebesse que eu não voltaria tão cedo para casa
-Ficarei algumas horinhas com você fazendo algumas perguntas,ok? - a delegada me tira do transe me fazendo olhar em seus olhos.
-Não me importaria em ficar numa sala com você - não sei o que passou na cabeça dessa mulher nessa hora, mas uma voz na minha cabeça diz que ela será perfeita para meu plano.
-Isso foi algum tipo de cantada? - ela cruza os braços esperando por respostas.
-Entenda como quiser. - ela balança a cabeça não acreditando que um cara que possivelmente estaria preso estava dando em cima dela. Ela não fala mais nada, apenas me guia até a sala que eu acredito ser só dela já que existia uma pintura um tanto grande do seu rosto pendurada na parede. Ao lado da foto tinha diversos certificados do seu trabalho e até algumas medalhas. A mulher era profissional mesmo, mas talvez não resistiria ao meu charme
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A Prisioneira
Fanfiction"-Eu a amo tanto, que daria a droga da minha vida por ela." Lis Moore é sequestrada pelo Serial Killer David Parker. Ela perde a memória e agora ela só tem duas saídas, escolher viver ao seu lado e esquecer que já teve um passado ou se relembrar e...