•CAPÍTULO 16•

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•ÚLTIMO MÊS DE GESTAÇÃO•

Acordo sentindo falta do corpo quente que dorme abraçado ao meu todos os dias.

— Amor? – O silêncio é grande.

Quando entrei no último mês de gravidez, o Isaac passou a trabalhar de casa para não me deixar sozinha.

E quanto mais chega perto do parto, ele se torna ainda mais protetor.

Levanto da cama com calma devido ao incômodo que a grande barriga causa e vou para o banheiro fazer minhas necessidades.

A gente já não dorme mais no andar de cima, desde os meus 7 meses que dormimos no quarto de baixo, assim evitando algum acidente e facilitando minha vida, já que não aguento ficar em pé muito tempo, quem dirá subir e descer escada.

Depois de pronta, saio do quarto seguindo para a cozinha, que se tornou meu segundo lugar favorito na casa, perdendo somente para a cama.

Entro na cozinha e olho ao redor, vendo o meu café pronto em cima da mesa, me aproximo vendo tudo separadinho e bem feito, o pão assadinho na chapa como ele sabe que eu gosto e uma salada de fruta que pelo bilhete, está dentro da geladeira para não afetar as frutas.

Continuo a ler o bilhete e nele diz que ele foi resolver um serviço e que voltaria antes do almoço.

Termino de me organizar e vou para a sala assistir coisas sobre bebês.

Nessa reta final da gestação, terminamos de organizar as coisas que faltavam, como roupas, a mala de levar ao hospital, entre outras coisas.

Não comprei muitas roupas, pois criança perde muito rápido e seria só dinheiro gasto, irei comprar ao decorrer que meu menino for crescendo.

[.....]

Acordo com um leve balançar no corpo.

— Amor, acorde – Escuto a voz de Isaac.

Abro os olhos e dou de cara com um Isaac de cabelos molhados e sem camisa, visão absurdamente sexy para uma mulher com os hormônios descontrolados e totalmente devota desse homem.

Pisco os olhos e respiro fundo tentando conter o desejo que me abateu, falhando miseravelmente no processo.

— Quando chegou? – Digo com a voz estranha devido ao tempo sem usá-la.

— Pouco depois das 11, o almoço está pronto – Se levanta e vai andando para a cozinha.

Olho o relógio e vejo que são 12:53, dormir por bastante tempo.

A muito tempo que o sono habita o meu corpo, só basta estar deitada que ele vem.

Sigo o caminho de Isaac e vejo ele ao telefone.

— Fui ver a Catalina e seu namorado hoje – Diz ele quebrando o silêncio que se instalou na cozinha.

Olho para ele sem entender o que isso quer dizer.

— Ela tá bem? – Pergunto algo que eu queria mesmo saber, já que ela tava passando por alguns problemas.

A ex namorada do James, estava tentando atrapalhar o namoro deles, só que no dia que ele ligou para minha cunhada e disse que queria conversar com ela urgente, foi justamente sobre isso, ele queria fazer um teste com a ex, para vê se ela merecia a sua ajuda e o resultado não foi nada bom, ela se mostrou uma pessoa miserável.

Ela se insinuava para ele, atendia o seu telefone e fingia que estava com ele na cama e olhe que eles não moravam juntos, o fato é que ela vivia na casa dele, pois segundo ela não podia ficar só, a mulher não chegou nem na metade da gravidez e não pode ficar sozinha?

Resultado disso tudo, foi o James se afastando da ex e disse que não iria colocar o relacionamento dele em risco por uma pessoa que não valia a pena, que só queria o seu mal.

Não bastou trair ele e ser descartada pelo mesmo homem que lhe ajudou na traição, ainda queria prejudicar o namoro do único que tentou lhe ajudar.

— Fui fazer um planejamento para Catalina e James, eles irão se casar e querem começar com tudo novo e isso será meu presente de casamento – Joga a bomba como se não estivesse falando nada demais.

Catalina vai casar?!

Levanto e começo a dar pulinhos de alegria.

— Você vai se machucar mulher – Isaac falando se levantando.

Sinto uma pontada muito forte e um líquido escorrer pela as minhas pernas.

— A bolsa estourou –Digo parando de pular —Meu menino ficou feliz pela tia – Choro com a felicidade mesclada com a dor.

[.....]

Chegamos no hospital e a sala de espera está com as pessoas que fazer parte da minha família.

Já fui atendida e o médico disse que ainda não estou com passagem para ter meu filho, então irei ter que fazer algumas coisas para acelerar esse processo.

Nesse momento estou andando por toda a sala de espera, coisa que não pode, mas não quero saber.

Minha família chegou pouco mais de meia hora depois que eu e Isaac chegamos, no caminho ligamos para todos e não demoraram muito para chegarem aqui, todos estão felizes e loucos para vê o meu bebê.

— Amor tá doendo tanto – Digo agarrada a sua camisa.

— Vai passar meu amor, é só nosso menino querendo ver seu papai e sua mamãe – Diz ele fazendo uma leve massagem nas minhas costas.

O médico me chama e vê que já estou com o certo de passagem para ter normal.

Fui colocada em uma maca e levada para a sala que irão fazer o meu parto.

Isaac irá acompanhar de perto, isso foi um pedido dele e eu estou mais do que de acordo, ele tem que vem todo o meu trabalho para dar a luz ao nosso menino.

— Pronta mamãe? – Pergunta a médica que me acompanhou durante toda a minha gestação.

— Não – Digo escutando o riso de alguns presentes.

— Mas tem que estar, vamos lá! Faça força! – Indaga ela tentando me fazer relaxar, para assim o parto fluir mais rápido.

Aperto a mão do Isaac que já se encontra ao meu lado e faço o máximo de força que eu consigo.

Fico uns bons minutos fazendo força até que a médica fala novamente.

— Já estou vendo a cabeça, mas força mamãe – Só a cabeça?

Parece que já coloquei três crianças no mundo.

Sinto meu corpo cansado, extremamente pesado como se eu estivesse presa a maca, tento fazer o máximo de força que eu consigo.

E tudo que eu escuto antes de me entregar a escuridão é o choro do meu menino.

Heitor LeBlanc, esse foi o nome escolhido para o segundo homem da minha vida.

NEM TÃO EX ASSIM (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora