IX - O bunker das maravilhas

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  Ruggie encontrava-se em uma das celas do palácio, andando freneticamente de um lado para o outro

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  Ruggie encontrava-se em uma das celas do palácio, andando freneticamente de um lado para o outro. Não havia mais ninguém lá embaixo com ele, então era possivel escutar o ecoar de seus passos

No meio tempo em que morou em Sacarabia, ele já havia escutado que somente os presos condenados a morte iam para um lugar com tamanha segurança.

Será que seria julgado por ficar com uma princesa sem permissão? Por tê-la ajudado com a fuga? Ou pior, seria considerado um sequestrador?

Na mente de Ruggie, a única coisa que o salvaria seria o testemunho da princesa (o qual ele praticamente implorava que fosse positivo, depois de tantas coisas que disse). No entanto, ela mesma havia dito que não a escutavam quando queria opinar em algo.

Deus, ele estava tão ferrado.

— Que tal de, antes de se desesperar, escutar o motivo pelo qual está aqui?

Ruggie deu um pulo. Não havia escutado barulho da aproximação apesar do silêncio que o cercava. Como alguém podia ser tão sorrateiro?

A voz pertencia a um homem de cabelos longos escuros, tinha vestes vermelhas e compridas. Ruggie já tinha o visto em anúncios oficiais do palácio. Tratava-se do grão-vizir: Jamil Viper.

— Ruggie Bucchi, certo? — perguntou o homem do lado de fora da cela.

O rapaz concordou com a cabeça (embora o gesto tenha saído assustado, dada a surpresa com outro sabendo seu nome).

— Fui eu que mandei o trazerem aqui — continuou o grão-vizir —, gostaria de conversar um assunto específico com você.

— Estou escutando.

Não que ele tivesse escolha.

— Ótimo — Jamil sentou-se sobre as próprias canelas no chão. Ruggie fez o mesmo, mas sentando em posição de lótus.

O homem fora da cela continuou:

— Sei que passou esse meio tempo com Yuu, o que achou dela?

Ruggie arqueou uma sombrancelha confuso com a pergunta.

— A princesa? Bom... — o que exatamente ele deveria responder? Talvez fosse algum tipo de armadilha? — legal, eu acho. Ela não é de falar muito, mas é uma boa companhia.

— É alguém que você gostaria de ver de novo?

Ele gelou por um momento. Ela fora provavelmente a única pessoa em Scarabia que conseguira ter alguma afinidade em tão pouco tempo. Talvez a única para quem realmente falou sobre o que sente ou como era sua vida em sua antiga cidade, porém ela ainda era praticamente uma desconhecida.

— Não sei, como disse, ela é uma boa companhia. Mas afinal, por que a pergunta?

Ruggie podia sentir o olhar do homem em sua frente praticante ler sua alma. Houve uma pequena pausa, em seguida respondeu:

Dente-de-leão na AreiaOnde histórias criam vida. Descubra agora