📋.10.📋 Alta de Ackerman

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Levi

De manhã...

Já se passaram 15 dias que ainda estou neste inferno de hospital e convivendo com Isabell. Não vejo a hora de sair daqui o mais rápido possível. Estou me recuperando rapidamente e muito bem, estou andando normalmente sem a ajuda da muleta, comecei a me alimentar de comidas sólidas e o melhor, é que, durante esta semana, estou mandando Isabell ir comprar meu chá preto em uma cafeteria que ela comentou que havia ao lado de sua casa e trazer todas as manhãs. Logo escuto batidas na porta.

— bom dia levisinho. - diz Isabell vestindo seu conjunto azul claro e carregava a prancheta em uma mão e na outra um copo, fechava a porta atrás de si com ajuda do pé. — trouxe seu chá! - sorri se virando para mim.

— tsc... - estalo a língua revirando os olhos pelo apelido dado. — já não falei para não me chamar assim? - falo cerrando os olhos nela com uma sombrancelha levantada.

— aah... - Isabell sorri vindo em minha direção. — eu gosto de te chamar assim, me deixa, se você não gosta é problema seu. - fala dando de ombros e me entregando o chá.

Revirei os olhos para a sua resposta, mas estava prestando atenção em outra coisa, o chá preto em minha mão, aquilo me enchia os olhos me fazendo salivar. Eu não tomava um bom chá preto a mais de meses do que eu saiba, incrivelmente, aquele chá preto da cafeteira era maravilhoso. Tirei sua tampa cuidadosamente, posicionei minha mão pegando-o como sempre fazia e levei até me minha boca, que me fez arrepiar de tão bom e doce que estava. Me deliciei a cada gota que estava em minha boca e me fazia ir ao paraíso depois de tanto tempo. Nem me importei com os olhos azuis em cima de mim tomando o chá daquela forma, - no caso os de Isabell - pois estava em outro mundo. Fechei meus olhos para apreciar mais e esquecer o mundo lá fora.

— você gosta mesmo desse chá, não é Levi? - pergunta ela que ainda me olhava curiosa com o cuidado que eu dava ao chá.

— uhum. - solto um som do fundo de minha garganta, meio rouco, concordando com ela ainda mantendo os olhos fechados e tomando do chá.

— você só toma deste chá preto? Nunca experimentou outro chá não? - pergunta ainda com sua face curiosa.

— oi? - perguntei acordando do transe que o chá me proporcionou. — como assim? - tiro o copo da minha boca e à olho curioso.

— tipo, chá de camomila, hortelã, erva cidreira e muitos outros mais. - fala pousando sua mão livre na cintura e levando a prancheta até seu peito.

— não! - digo à olhando com mais curiosidade em meus olhos, levanto o copo e tomo mais um gole da bebida.

— amanhã, quando eu sair de casa, eu passo na cafeteria e trago um chá diferente desta vez, ok? - sorri pra mim, me olhando desajeitada com as sombrancelhas arqueadas.

O jeito dela de sorrir é meio confortante, o olhar dela pousando em mim é bem estranho e bom ao mesmo tempo. De vez em quando ela me causava arrepios e vários sentimentos se proliferavam em meu corpo, que não sabia como descrever. Seu toque, seu cheiro, me trazia tranquilidade, ela até me lembrava a minha mãe, com o seu jeito carinhoso e feliz de viver a vida antes de adoecer e morrer, ainda quando eu era apenas uma criança.

Assenti com a cabeça e vejo ela sair do quarto ainda com tais lembranças. Me livrei do transe, chacoalhando a cabeça e mudei meu rumo dos meus pensamentos. Fiquei imaginando que tipos de sabores existia, mas nenhum vinha em minha mente, o único que eu tomava em Paradis era o chá preto, nada mais. Pra saber realmente que gosto, teria que experimenta-los. O meu favorito era somente este, tinha 1 ou 2 chás diferentes em Paradis, mas nunca fez meu gosto.

~The Explosion~ Levi Ackerman & Isabell Gomez {Criação Original}Onde histórias criam vida. Descubra agora