~The Explosion~ Levi Ackerman & Isabell Gomez {Criação Original}

🦾.15.🦾 A Prótese

Levi

Acordei no dia seguinte - que era uma terça-feira- com batidas fortes na porta, levantei da minha cama batendo os pés afundondo-os no chão, não necessitava bater tão forte na porta assim, mas já sabia quem poderia ser.

— bom dia, Leviiii - dizia Hange toda animada com os braços jogados para cima, após eu abrir a porta. Vejo-a e logo bati a porta em sua cara, respiro fundo tentando controlar a raiva. — ABRE A PORTA, LEVI! - gritava Hange atrás da porta batendo ainda mais alto.

— o que você veio fazer aqui, quatro olhos? - disse abrindo a porta novamente, cerrando os olhos em sua direção.

— vim te contar boa novas. - disse ela toda sorridente, logo deixo-a entrar em casa mesmo não querendo ela aqui. — e coloque uma camiseta. - disse adentrando na casa, me vendo sem camisa e com uma calça de moletom qualquer.

— seja breve. - afirmei vestindo uma camisa que estava jogada em um canto qualquer, sentando no sofá e ela logo senta na poltrona à frente.

— ok. - Hange se ajeita na poltrona cruzando as pernas e escorando no encosto do móvel. — ontem falei com Isabell no hospital! - ouvindo seu nome, tensionei meus ombros e levei toda minha atenção no que falava. — ela não terá plantão este final de semana, então estará livre para você chamar ela pra jantar em sua casa. Tomara que dê certo. - falou meio receosa.

— ok, só isso? - digo dando de ombros, tentando esconder minha real expressão de agradecido.

— AAA, esqueci de um detalhe. - alterou a voz levantando seu indicador para cima. — para disfarçar, pois Isabell estava desconfiada por ir lá só perguntar isto e depois ir embora. Falei com o senhor Mitchel e ele disse que você poderá por uma prótese nos dedos que falta. - falou isso apontando para o buraco que tinha na minha mão direita.

— hum, quanto? - perguntei meio interessado. Sentia falta desses dois dedos, eles fazem a diferença quando vou pegar uma xícara ou fazer uma faxina.

— como você é do exército e tem uma patente alta, você ganha uma cota que as próteses saem de graça! Foi o que o senhor Mitchel me disse. - disse Hange lavantando as mãos na forma de rendimento, como se não fosse de fato a verdade.

— esses dedos fazem a diferença pra mim! - digo olhando a mão que os faltava.

— então vamos lá? - disse ela toda animada.

— só se você me ajudar na faxina! - disse me lavantando do sofá e caminhando ao banheiro para fazer minha higiene que nem cheguei a fazer por ter sido interrompido por Hange. Escuto uma suspiro pesado logo atrás de mim.

— AGORA?? - grita levantando do sofá emburrada, indo em direção ao armário de produtos de limpeza, afundando fortemente os pés no chão. — COMO GOSTA TANTO DE LIMPAR??? EU EM!!!

— vamos logo ou vá embora! - falo me virando para trás à olhando, antes de entrar no banheiro.

Rapidamente faço minha higiene e começo a faxina na casa. Tinha poeira em todos os móveis da casa e nas cortinas, limpei até a última pluma que existia.

(...)

Após longos minutos arrumando a casa com a ajuda de Hange, me ajeito e vamos para o carro em direção ao hospital para ver esse tal de prótese para meus dedos, indicador e do meio. Chegamos na porta principal do local, fiquei meio receoso, pois era onde que Isabell trabalhava, não gostaria de ver ela neste lugar ainda. Entro no hospital e vamos direto para a recepção, lá Hange conversa com uma senhora que se lavanta e começa a nos guiar para um lugar desconhecido. Olhos para todos os cantos para tentar identificar o rosto conhecido de Isabell. Não gosto do fato que estamos meio ressentidos um com o outro por causa daquela cena vergonhosa para ela, não gosto de lembrar que ela me deixou avulso naquela noite, mas a culpa era minha e continua sendo. Andamos até chegar em uma sala onde eu reconheci o rosto de imediato, logo parando na porta, era o senhor Mitchel. Ele estava sentado em uma mesa em uma sala pequena, com o seu jaleco branco. Ele nos viu e logo se levantou abrindo um sorriso torto de velho.