Capítulo 3. Adeus não, até breve.

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Meus pais, minha irmã Valentina e eu estamos nos preparando para o enterro do meu irmão Natan Machado Brito

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Meus pais, minha irmã Valentina e eu estamos nos preparando para o enterro do meu irmão Natan Machado Brito.

Estou usando um vestido preto rodado tomara que caia. Não estou usando só por causa da cor, que muitas pessoas em enterros preferem usar preto. Não é por isso. Eu amo a cor amarela! Mas uso esse vestido porque era o vestido favorito do meu irmão. Ele amava quando eu usava. E eu já me acostumei a usar vestidos simples só que retos que meus pais compravam.
Esse vestido que uso agora é rodado até os joelhos e o mais especial para o Natan, ele que me deu de presente quando fiz treze anos.

Estou em frente ao espelho. Coloco uma corrente simples preta que fica ao redor do pescoço, gargantilha melhor dizendo. Tenho faz tempo, minha mãe me deu quando era boazinha e tinha emprego.

Penso na última vez que vi o meu irmão. Ele estava bastante feliz, pois, ia sair com a mulher dos sonhos dele. Ele sempre foi um homem animado, mesmo sofrendo por causa dos nossos pais, ele sempre tentava pensar positivo. E tinha um coração tão lindo, sempre se colocava em último lugar.
Já eu e minha irmã eramos as primeiras na vida dele.
Natan era meu anjo da guarda. Meu protetor. Meu melhor amigo. Com certeza não estou indo me despedir dele, pois, não será um adeus. Jamais irei dizer adeus as pessoas que eu amo, pois, eu já sei que tudo aqui na terra é passageiro. Lendo a bíblia eu vi que Deus nos prometeu uma vida melhor, uma vida eterna e é lá que irei encontrar o meu irmão novamente, em breve. Então não é uma despedida, meu irmão. Adeus não, até breve.

Aparecemos no enterro do meu irmão Natan. Meus familiares de longe apareceram e os amigos da época de escola e da faculdade do Natan também apareceram. Alguns amigos do trabalho do Natan também vieram. Afinal, o Natan era muito querido por todos. Até os alunos dele estão presentes e são crianças! Ele era um ótimo professor.
O pastor aparece, ele é dá igreja do Natan que raramente Natan ia já que nossos pais não deixavam. Mas, o pastor está aqui para fazer o enterro.

Eu e Valentina não conseguimos parar de chorar, nem consigo deixar meus óculos no rosto. E nossos pais ficam só olhando para nosso irmão no caixão, como se meus pais fossem pedras. Eles não se mexem.
Nós quatro estamos em frente ao caixão. Já as outras pessoas estão um pouco mais distantes. O pastor também está perto do caixão fazendo uma oração.

Então a mulher que vi no zoológico se aproxima da gente com os olhos de lágrimas. E em voz baixa, ela calma, diz:

- Oi... Eu lamento muito conhecer as irmãs do meu quase namorado dessa forma. Nosso... Nosso encontro foi incrível, se eu soubesse que era a última vez eu dava um beijo nele.

- Porque não o beijou? - Minha irmã pergunta com ignorância e tentando parar de chorar.

Eu também tento parar de chorar pra ouvir melhor a mulher. Ela está do meu lado e Valentina do meu outro lado.
Mas, Valentina então fica ao lado da mulher e ela, calma, diz:

- É que eu sou cristã e eu sei que o irmão de vocês também, então meu sonho era beijar no altar.

- Que bobagem! Devia beijá-lo, seria uma linda despedida! - Valentina diz aumentando a voz.

A FÉ DE UMA GAROTA CRISTÃOnde histórias criam vida. Descubra agora