Capítulo 4. Fugindo de casa.

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Os dias se passaram

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Os dias se passaram... Eu continuo indo a escola, Valentina continua indo a faculdade e nós duas continuamos arrumando a casa e também eu que saio pra comprar alimentos. E claro nossos pais ainda nos batem sem motivos. 

Então de noite numa sexta-feira, estou na cozinha comendo cereais e fico surpresa quando escuto barulho da porta da sala. Um barulho bem forte!
Então os meus pais devem ter chegado e estou surpresa, pois, eles não costumam chegar sete horas da noite e sim de madrugada.

Eu vejo meu pai entrando na cozinha. Ele está com o rosto machucado e sangrando. Ele também está com uma garrafa de vinho na mão.
Meu pai joga a garrafa no chão me dando um susto e deixo a colher dentro do copo com cereais em cima da mesa.

Ele me olha e grita:

— LIMPE ESSA BAGUNÇA!

— Sim, senhor. — Eu digo com o coração disparado. 

Eu levanto da cadeira e me aproximo do chão e fico pegando os vidros da garrafa e meu pai então com a mão segura meu braço e me levanta do chão fazendo eu cortar minha mão.

Ele diz: 

— Eu estou com tanta raiva de um cara que deu em cima da sua mãe!

Então ele solta meu braço e com a mão fechada me dá um murro no rosto. Eu caio no chão sentindo dor e graças a Deus eu não cair nos vidros quebrados da garrafa de vinho.
Então com as mãos meu pai segura em meus braços me levantando do chão e então solta um dos meus braços e com a mão novamente fechada me dá mais um murro no rosto.

Não estou surpresa. Sinto dor, mas, nem consigo gritar. 

Então ele se afasta de mim e diz:

— Eu apanhei daquele bosta, mas, não apanho de você, sua pirralha nojenta! — Ele sorrir me olhando e diz: — Agora estou satisfeito. 

— Você conseguiu fazer eu ter raiva de você! — Eu falo irritada sem conseguir enxergar direito. Eu digo: — Eu tentei muito não sentir esse sentimento, pois, eu sei que tenho que te respeitar, mas, eu cansei! Eu te odeio, eu não consigo pensar positivo sobre você, nunca que você irá mudar! Eu espero que você pague por tudo que fez. Você realmente mereceu perder aquela criança, você e minha mãe mereceram!

Ele se aproxima de mim e com as mãos me puxa pelo cabelo e então se aproxima da parede e bate minha cabeça na parede.
Eu grito sentindo dor. 

Ele se afasta de mim soltando meu cabelo e eu viro em sua direção e em voz alta, eu grito: 

— NÃO ME ARREPENDO DE NADA DO QUE EU DISSE! E A PARTIR DE HOJE, EU NÃO TE CONSIDERO MAIS O MEU PAI! 

— É RECÍPROCO, QUERIDA! — Ele grita. — PENA QUE FOI VOCÊ QUE VEIO AO MUNDO, NÃO A OUTRA CRIANÇA!

— PENA MESMO! — Grito me aproximando dele. 

— PENA, PENA, PENA! — Ele grita se aproximando de mim.

Minha mãe aparece e diz:

— Chega vocês dois. Vá para o quarto, Yasmin.

Fico surpresa por vê-la calma.

Eu respiro fundo e saio daqui. 

A FÉ DE UMA GAROTA CRISTÃOnde histórias criam vida. Descubra agora