Capítulo 12. O passado está de volta.

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Eu acordo, faço uma oração, tomo banho e vou tomar o café da manhã com minha família

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Eu acordo, faço uma oração, tomo banho e vou tomar o café da manhã com minha família. Eu pergunto:

— Cadê o Bernardo? Bom dia.

— Saiu. — Senhora Katarina respondeu.

— Cheguei família. — Bernardo disse aparecendo na cozinha.

— E então filho? — Senhor Rafael perguntou.

— Eles estão aí. — Bernardo respondeu. — Yasmin, queremos que você veja umas pessoas. 

— Quanto suspense! Que rostos tensos. Vamos lá! — Eu falei levantando da cadeira.

Saímos da cozinha e aparecemos na sala principal. Fico surpresa por ver os meus pais. Eu nem consigo mais me mexer. A mulher e o homem que me criaram, me colocaram no mundo estão agora na minha frente. O casal que eu gostaria que agissem como os pais verdadeiros. Pois não bastavam só ser do meu sangue. Tinha que ser do coração também. E eles não me traravam como filha.

A mulher na minha frente, diz:

— Yasmin… — Ela fica com os olhos de lágrimas, isso é possível? Ela estar triste? Ela diz: — Por favor diga alguma coisa.

— Yasmin, por uns dias eu fiquei visitando os seus pais. — Bernardo disse. — Ajudei com alimentos e roupas. E no começo não foi fácil, mas Deus tocou no coração deles. E então eles aceitaram ajuda, são complicados igual a sua irmã, mas aceitaram que eu procurasse emprego pra eles e também que eles fossem pra clínica pra parar de beber. 

Eu me sentir traída, o Bernardo devia ter me contado. Eu digo:

— Eu… Eu preciso…

Eu corro subindo as escadas. Entro no meu quarto e começo a chorar.
Fico me lembrando das surras que tomei, do sofrimento que meus irmãos passaram. Não consigo perdoá-los e eu sei que é isso que o Bernardo quer. 

Eu sento atrás da porta e dobro as pernas colocando meus braços no joelho e minha cabeça em cima dos meus braços. 

Alguém bate na porta. Eu levanto a cabeça e digo:

— Eu quero ficar sozinha.

Alguém empurra a porta me empurrando um pouco e vejo a cabeça do Henrique. Ele diz:

— Deixa eu entrar, por favor.

Eu me afasto da porta, Henrique entra, ele fecha a porta e senta no chão do meu lado.  Eu digo:

— Não quero falar sobre os meus pais. 

— Então só me deixa aqui te fazendo companhia.

Eu volto a chorar e deito colocando a cabeça no colo dele. Henrique fica com a mão acariciando o meu cabelo e fica quieto como disse que ficaria.

Depois De tanto chorar, eu fico o olhando e digo:

— Foram anos terríveis. Eles eram boas pessoas, não nos faziam mal. Mas quando perderam um bebê… Eles, eles se transformaram, viraram alcoolatras e… E é difícil esquecer.

A FÉ DE UMA GAROTA CRISTÃOnde histórias criam vida. Descubra agora