thirty three

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JOSH BEAUCHAMP

Aquela voz. Eu nunca vou esquecer aquela voz.

Mordo o lábio com força e me viro, me deparando com Gabrielly segurando Ana em seu colo.

Não consegui imaginar mais nada a não ser ela sendo mãe dos meus filhos, como planejávamos. Ela sendo a melhor mãe de todas e nós dois juntos, felizes e satisfeitos com tudo.

Nada disso aconteceu.

O que realmente aconteceu foi eu estragando tudo e tendo uma filha com outra mulher, uma mulher que nunca amei e sabia que nunca conseguiria amar.

— É, a minha filha. — respondo e ela olha para Ana, que assente várias vezes com a cabeça.

— Ela estava te procurando. Deveria prestar mais atenção. — falou e me entregou Ana.

— É... me distraio demais as vezes. — murmuro e ajeito Ana em meu colo. — Obrigado. — completo.

— De nada. — respondeu e olhou para Ana novamente. — Tchau, lindinha. — sorriu e acenou com a mão.

Ana retribuiu o sorriso e o aceno, e Gabrielly logo saiu de lá.

— Ah! — falou Ana e eu a olhei. — Me equeci de pegutar o nome dela. — fez bico.

— Any. — falo e ela me olha atenta. — O nome dela é Any. — completo e vejo Any Gabrielly se afastar, logo sumindo de nossas vistas.

— Vou falar dela pla mama.

***
ANY GABRIELLY

Eu me lembrei de tudo. Eu só precisei olhar para ele e uma enxurrada de lembranças tomou conta de mim. Lembranças boas e ruins.

Ver ele com a Ana no colo me fez lembrar dos planos que fazíamos, e do quanto éramos felizes fazendo isso. Logo a lembrança feliz sumiu e veio a lembrança destruidora da foto dele com a Débora.

Devem ter formado uma família. Devem fazer planos para o futuro deles. E eu aqui, lembrando de tudo, como uma boba.

Suspiro e me sento em um canto livre da festa, olhando para o nada.

— Aconteceu alguma coisa? — chegou Sina, se sentando ao meu lado.

— Me encontrei com ele. — murmuro.

— Desculpa, esqueci de avisar que ele estava aqui.

— Não tem problema, Si. — falo e a olho, dando um sorriso de lado. — Qualquer dia eu iria me trombar com ele mesmo. — dou de ombros.

— Conversaram?

— Não. — digo. — Eu só ajudei a filhinha dele, que estava perdida.

— Ah, a Ana? Ela é uma fofa! — disse.

Avisto ela e Joshua na pista de dança, com a mesma ensinando a ele como se dançava alguns passos. Os observo e suspiro.

— É... — sussurro. — Uma fofa.

***
Hihi

𝑳𝒆𝒕𝒕𝒆𝒓𝒔 𖤓 𝑩𝒆𝒂𝒖𝒂𝒏𝒚 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora