𝑳𝒆𝒕𝒕𝒆𝒓𝒔 𖤓 𝑩𝒆𝒂𝒖𝒂𝒏𝒚 ✓

forty six

ANY GABRIELLY
Dias depois

— Olha só quem está aqui... — falou Débora, me olhando de cima a baixo e entrando na casa de Joshua, se tombando em mim.

Reviro os olhos e fecho a porta, me virando para Débora.

— O Josh tá no banho, posso ir chamar se quiser.

— Não precisa, eu espero enquanto conversamos.

— Acho que não temos nada para conversar. — falo e cruzo os braços enquanto ela se senta no sofá, cruzando as pernas.

— Muito tempo que não nos vemos... — começou.

— Você não teve a coragem de olhar na minha cara depois do que fez. — digo e ela desvia o olhar.

— Eu amo o Josh. — disse e eu revirei os olhos mais uma vez. — Eu estive com ele quando aconteceu aquilo do casamento.

— Você queria que EU estivesse com ele? Fala sério. — bufo.

— Eu não queria isso. Eu só queria ele pra mim. Sempre fui apaixonada por ele! Via vocês dois juntos e me dava ódio, porque eu queria estar com ele, eu!

— E você esteve, por um momento, né? — digo me referindo a transa deles que deu de presente a Aninha.

— Sim. — se levantou e se aproximou de mim. — E foi ótimo, melhor noite da minha vida. Aliás, ele faz um ótimo trabalho. — provocou, dando um sorrisinho.

— Sei disso. — sorrio. — Provo muitas vezes. — completo e ela fecha o sorrisinho do rosto, se afastando.

— Eu não me arrependo.

— Sei que não. Quem se arrependeria por transar com Joshua Kyle Beauchamp? — pergunto e a olho. — Não tenho raiva de você por isso, Débora. Aprendi a perdoar mesmo a pessoa não me pedindo perdão. Acho que tenho mais o que fazer do que ficar guardando rancorzinho de gente que não merece o meu tempo, não acha?

— Ao contrário de você, ainda tenho raiva por você ter conseguido algo com ele. Quase se casaram, namoraram e depois terminaram, e agora estão juntos de novo. — disse. — E além de tudo isso, você ainda está querendo tomar o meu lugar na vida da Ana.

— Se ser carinhosa com ela significa tomar o seu lugar, acho que você não está sendo uma boa mãe. — cruzo os braços e a olho com uma sobrancelha arqueada.

— Lave a sua boca pra falar de mim como mãe. — falou e se aproximou de mim novamente, apontando o dedo na minha cara.

— Lave a sua para falar coisa que não sabe. — digo e abaixo o seu dedo. — Não coloca o dedo na minha cara. — aviso.

— Estou falando o que eu sei! — disse e apontou o dedo novamente. — Se você acha que vai tomar o meu lugar como mãe da Ana, você está muito enganada.

— Não quero tomar o lugar de ninguém como mãe! — bato em seu dedo, o abaixando. — Eu só criei carinho pela Ana.

— Não era pra ter criado nem isso. Eu quero você longe da minha filha. Vai que ela aprende a ser uma vagabunda como voc... — começou mas eu a interrompi, dando um tapa em sua cara.

— Opa, opa, opa! — escutamos e olhamos para a escada vendo Joshua descer a mesma rapidamente, se aproximando de nós duas. — O que tá acontecendo aqui?

— Essa maluca, sem noção, que fica batendo nos outros sem necessidade! — falou Débora, com a mão no rosto.

— Any, você... — começou Joshua e eu apenas suspirei, indo até a mesa de centro e pegando a chave do meu carro.

— Tenho mais o que fazer da vida do que aguentar vocês dois enchendo os meus ouvidos. — falo.

— Any, espera aí, me diz o que aconteceu! — falou Joshua, segurando em meu braço.

— Não aconteceu nada. — digo. — A Débora veio conversar com você, só isso. — solto o meu braço de sua mão. — Depois a gente se fala. — completo e saio da casa, soltando um longo suspiro.

[…]

×mensagem×

Beauchamp:
n precisava ter dado um tapa na cara dela

eu:
péssima ideia ter deixado ela te explicar o que aconteceu.

Beauchamp:
de qualquer modo, Any
violência nunca resolve nd

eu:
eu sei disso.

Beauchamp:
n estou bravo com vc

eu:
até pq vc nem tem motivos para estar.

Beauchamp:
sério mesmo que vamos discutir por mensagem?

eu:
prefere pessoalmente?

Beuachamp:
boa noite Any Gabrielly

eu:
péssima!

***
Eu quando a Débora começa a falar: