thirty seven

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ANY GABRIELLY
Uma semana depois

— Alô? — falo sem ver o número.

Oi, Any. — escuto a voz de Joshua e reviro os olhos.

— Estou meio ocupada, mas você pode me deixar um recado que eu provavelmente vou ignorar! Logo depois do bip. — falo e faço uma pausa. — Bip!

Para de ser boba, só quero te fazer um convite. — falou e eu fiquei quieta. — Any? Tá brincando, né? Sério que é secretária eletrônica? — perguntou e eu não consegui segurar o riso.

— Mais burro impossível. — falo e ele bufa. — Que convite? Um mês em paris? Se for isso eu quero!

Ficar um mês comigo em Paris, você topa?

— Ah, esquece, quero não. — digo.

Até parece que negaria uma ida a Paris, mesmo que fosse comigo.

— Com você eu nego tudo.

Vai negar um passeio com a Aninha e comigo hoje? Vamos ao parque.

— Por que não sai em família?

Ela tá comigo esses dias, a mãe precisou fazer uma viagem importante. E mesmo assim, não costumamos sair os três.

— Deveriam, a Aninha tem que saber que os dois sempre estarão ao lado dela. — murmuro.

Sei disso. Quer me dá conselhos pessoalmente? Passo aí às 16:30.

— São 16:25 agora!

Já estou no caminho, beijos. Manda beijos pra Any, filha!

Beijos titia Any! — escuto e sorrio.

— Beijos, lindinha.

Ela vai com a gente, papai?

Vai sim, meu amor. — escuto e em seguida ele desliga a ligação.

Respiro fundo e olho para o teto, me perguntando o que eu estava fazendo da minha vida.

E a única coisa que pensei foi:

Merda.

**
JOSH BEAUCHAMP
Uma hora antes

— Eu sou o pai dela! — falo alto ao telefone.

E eu sou a mãe! — falou no mesmo tom e eu passei as mãos no cabelo.

— Eu decido de quem ela fica próxima ou não.

Mas eu também posso decidir isso. E eu não quero ela perto da Any Gabrielly.

— Você acha que a Gabrielly vai fazer o que? Mal a Ana? — pergunto e ela fica quieta. — Acho que ela está dando mais atenção e carinho à Ana do que você já deu.

VOCÊ NÃO SABE O QUE TÁ FALANDO!

— Ah, não sei? Tem certeza? — tento me manter calmo. — Você só teve a Ana com a intenção de me segurar, o que não aconteceu. Você nem liga pra sua filha, Débora.

Cuidado com o que você fala, Joshua. Eu posso muito bem ficar com a guarda completa dela. — ameaçou e eu ri.

— Tenta a sorte. — falo sério e desligo o telefone, suspirando.

Me jogo no sofá e olho para o teto. Seria tudo mais fácil se eu não tivesse agido como um completo idiota.

— Papai... — escuto um sussurro e olho para o lado, vendo Ana com a boneca preferida. — Você tava bligando com a mamãe?

— Não, meu amor. — digo e abro os braços, fazendo ela vir em minha direção e subir no meu colo, me abraçando. — Só estávamos resolvendo umas coisas. — completo e dou um beijo em sua cabeça.

— Não gosto quando vocês bligam. — murmurou contra o meu pescoço, me fazendo a apertar mais.

— Nós não vamos brigar, tá bom? — pergunto e ela assente. — O papai ama você.

— E eu amo o papai. — falou e eu sorri.

— Que tal irmos ao parque? — sugiro e ela fica animada.

Sélio? Vamos! — quase gritou e eu ri.

— Podemos chamar a Any? — pergunto e o sorriso dela aumenta.

— SIM, SIM, SIM! — gritou e ergueu os braços, me fazendo rir e a abraçar, a enchendo de beijos.

***

𝑳𝒆𝒕𝒕𝒆𝒓𝒔 𖤓 𝑩𝒆𝒂𝒖𝒂𝒏𝒚 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora