fifty one

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ANY GABRIELLY
Um ano depois

— Aninha, calma. — peço enquanto ajeito o cabelo dela.

Era aniversário da mesma e ela estava bastante agitada. Não parava quieta um minuto e isso estava me dificultando a terminar de arruma-lá.

Eu e Josh estamos melhores do que nunca. Ele comprou uma aliança, falando que era só para deixar claro que eu sou comprometida e ele também.

— Titia, eu quelo ir logo! — reclamou Ana.

— Mas tem que ir bonita! Calma que só falta mais uma coisinha. — digo e vou até a cama, pegando a pequena coroa que o Joshua comprou para ela.

Coloco em sua cabeça, ajeitando e sorrindo no final.

— Agora sim. — digo e ela olha no espelho, sorrindo. — Uma verdadeira princesa.

Obligada, titia! — falou e me deu um abraço forte.

O Josh tinha entrado na justiça para ficar com a guarda dela. Conseguiu. Ela vai os finais de semana para a casa da Débora, que não dá tanta atenção para a mesma. Nesse tempo, nossa relação só melhorou!

[...]

— Amor, você viu aq... — começou Joshua, mas logo parou, me olhando de cima a baixo. — Aniversário é da Aninha, mas você também tá de parabéns! — falou e eu ri.

— Obrigado. — digo e ele sorri. — O que iria perguntar?

— Ah, nada. — deu de ombros. — Esquece. — completou e se aproximou, segurando em minha cintura. — Você tá linda demais. — sussurrou e me deu um selinho rápido.

— Você também. — falo e ajeito a gola da camisa dele, deixando minhas mãos em seu pescoço, dando um beijo lento nele.

Apertou minha cintura e nos aproximou mais, descendo as mãos para a minha bunda e apertando a mesma.

— Não. — sussurro e ele faz bico. — Vamos descer. — completo e seguro em sua mão, o puxando até a porta e nos levando ao salão principal.

— Titia! — chegou Ana.

Não adiantou arrumar o cabelo dela.

— Oi, meu amor. — me agacho, ficando de sua altura.

— A minha mamãe vai vir? — perguntou e eu olhei para Joshua, que torceu o lábio e deu de ombros levemente.

Olho para Ana de novo, vendo os olhinhos dela cheios de vontade de escutar um sim.

— A titia não sabe. — digo e ela faz cara de triste. — Mas aproveita sua festa, ok? Se ela chegar eu vou correndo buscar você. — falo e dou um beijo em sua bochecha.

Ela sai de lá e volta para perto das outras crianças. Me levanto e olho para Josh, que estava com as mãos no bolso da calça.

— Ela não vem mesmo? — perguntei.

— Não sei. Eu mandei o convite pra ela e falei que seria importante pra Ana, mas ela não me deu resposta.

— O que custa ela dar uma passadinha rápida? — bufo.

— Custa a vontade dela. — disse ele. — E ela não tem. — completou e passou o braço por meu pescoço, dando um beijo no topo da minha cabeça.

Vamos até uma mesa e nos sentamos, conversando sobre outras coisas, enquanto olhávamos as crianças brincarem.

— Eai, casal! — chegou Noah, nos cumprimentando.

— Eai, irmão. — falou Joshua, fazendo um toque com ele.

— Eai. — sussurro enquanto ele dá um beijo em minha testa.

— E o casório? Quando sai? — perguntou, se sentando ao meu lado.

Josh ri e olha pra mim, com uma sobrancelha levantada.

— Quando sai, amor? — perguntou e eu sorri.

— Algum dia sai. — falo e Noah ri, negando com a cabeça.

— Faço mais um filho e vocês ainda não terão casado.

Mais uma coisa que aconteceu nesse ano que se passou: Noah e Sina tiveram mais um menino. O pequeno Harry.

— Pois façam.

— Façam o que? — chegou ela se sentando.

— Façam mais filhos. — digo e ela me olha como se eu fosse louca.

— Três crianças em casa já tá bom demais. — respondeu.

— Três? — perguntou Josh.

— Noah, Lucas e Harry. — explicou e nós rimos, enquanto Noah revirava os olhos. — Não ri não, gente, é sério!

— Amor! — resmungou Noah e ela sorriu, passando a mão no cabelo dele.

[…]

Final de festa e eu estava morta.

Em um certo momento as crianças me puxaram para brincar com elas e eu fiz isso por um bom tempo. E o pior é que criança não cansa de brincar!

— Banho, mocinha. — falo e pego Ana no colo, a levando até o banheiro.

Tomamos banho juntas e eu coloquei um pijama nela, a colocando deitada na cama dela e dando um beijo de boa noite.

— Tia... — chamou assim que eu cheguei na porta. — Fica deitadinha comigo. — pediu e eu voltei até ela.

— Fico até você dormir, ok? — pergunto e ela consente.

Me deito ao lado dela e ela me abraça.

— A mamãe nem veio pro meu aniversário. — murmurou e eu suspirei.

— Ela deve ter tido algum problema, Aninha. — digo, tentando melhorar a situação.

— Ela não gosta de mim, titia? — perguntou com voz de choro e eu a apertei mais contra mim.

— Ela gosta sim, meu amor. Ela é a sua mamãe, ela te ama.

— Não ama, não. — resmungou e eu não discuti, apenas dei um beijo no topo da sua cabeça.

— Já tá tarde, você tem que dormir. — sussurro e ela fecha os olhos, sentindo o meu carinho em sua cabeça. — Boa noite. — sussurro e ela suspira.

— Acho que você é a minha mamãe agola. — murmurou e eu mordi o lábio com força, ficando em silêncio.

***
🥺

𝑳𝒆𝒕𝒕𝒆𝒓𝒔 𖤓 𝑩𝒆𝒂𝒖𝒂𝒏𝒚 ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora