Duas semanas depois.
WILL ME PROCURAVA todos os dias.
Desde que eu tinha dormido na casa de Nathan, no dia seguinte resolvi ficar hospedada em um hotel, para não precisar enfrentar a presença do meu marido em casa.
Não fazia muita diferença, uma vez que ele era insistente o suficiente para fazer a recepcionista me ligar três vezes por dia, praticamente implorando que eu deixasse ele subir para que nós pudéssemos conversar.
Eu dizia não todas as vezes. As únicas chances que ele tinha de tentar uma conversa era quando tínhamos os encontros obrigatórios com a minha agente. Eu não tinha contado a ela ainda sobre o divórcio e Will não parecia disposto a contar também, então adiei mais um pouco.
Eu me sentia mais... leve.
Era estranho a sensação de me permitir ser livre daquela maneira, mas uma vez que eu tinha experimentado, eu estava gostando. Eu ainda pensava em Will e todas as coisas que estávamos passando naquele momento, e embora eu ainda o amasse, não era o mesmo amor de antes. Era um amor... diferente.
O tipo de amor que era transformado com o tempo. O tipo de amor que não me empolgava mais, mas ainda estava ali, a sombra dele, para lembrar o que ele foi de verdade um dia. Nathan, por outro lado... conversava comigo o tempo todo por mensagens.
Era como se eu o estivesse conhecendo tudo de novo e ele me fazia sentir sensações que eu achei que não pudesse sentir mais. Eu ria com mais facilidade, eu me animava com a expectativa de vê-lo e verdadeiramente adorava a sua presença. Tinha me encantado completamente até pelo Theo, aquela lindeza de criança.
Me remexi na cama, tendo a plena consciência que eu estava bem relaxada, vestida somente de calcinha e sutiã, descalça sobre o colchão enorme e confortável. Meu Deus, eu nem sabia que precisava de um dia inteiro sem fazer nada até ter. Não atendi a minha agente o dia inteiro, mas quando o meu celular tocou outra vez, eu atendi sem ver quem era.
- Você está atrapalhando a minha evolução espiritual - murmurei, atendendo a ligação, encarando o teto com diversão.
- Candice, caralho, você está me ignorando o dia inteiro - Liana disse e eu sorri com o seu humor.
- Alguém morreu? - questionei, a voz mais despreocupada do que nunca esteve.
- Não, mas vai - ela respondeu. - E vai ser eu, se você não me ajudar.
Franzi o cenho, ligeiramente preocupada e me coloquei sentada na cama. A voz dela estava controlada demais para o meu próprio gosto.
- O que aconteceu?
Ouvi ela soltar a respiração pesada do outro lado e esperei.
- Prometi ao meu chefe que eu levaria o pirralho ao evento da empresa - ela começou. - Acontece que essa porra de evento é em Chicago e o vôo foi cancelado.
- Ahn... - mordi a parte interna da minha bochecha, entendendo em parte o problema dela. - Lia, eu não sei exatamente como eu posso te ajudar.
- Você pode me ajudar arranjando um vôo - ela disse e eu ri.
- Não sou a dona do aeroporto, garota - respondi, o que deveria ser bem óbvio para ela. - E não conheço ninguém no meio para influenciar isso.
- Candice - sua voz soou firme demais, quase tão firme quanto um tom de ameaça. - Preciso deixar esse pedaço de gente irritante perto do pai pelas próximas 12 horas. O próximo vôo só sai amanhã à tarde. Você entende que a conta aqui não bate, não é?
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BREAK FREE [CONCLUÍDA]
FanfictionCandice sabe que seu casamento é um fracasso. Em algum momento, ela teve o melhor marido que alguém podia ter, e então não tinha mais. Ele se transformou em tudo o que ela não poderia lidar, mas o seu medo de ficar e ser alguém sozinha a impede de p...