três

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- PODEMOS JANTAR HOJE?

Will bateu a porta do camarim atrás de nós e eu cogitei a sua pergunta, mas não me senti culpada por ter uma desculpa como carta na manga para recusar o seu convite.

- Marquei com as meninas. - respondi.

Ele suspirou. Não foi um suspiro tedioso e nem um suspiro que demonstrava que ele estava irritado, foi como um suspiro... cansado.

- Você anda fugindo de mim - ele disse e eu arfei em resposta quando seus braços me envolveram por trás, apertando a minha cintura.

Will não perdeu tempo e usou a sua boca para trilhar beijos por toda a região do meu pescoço. Eu queria abrir a boca e rebater a sua conclusão, mas percebi que ele estava certo e seria melhor se ele recebesse o silêncio como resposta.

Além do mais, não era como ele estivesse me deixando responder.
Suas mãos percorreram os meus braços, descendo o caminho pela minha pele arrepiada, enquanto ele me girava com rapidez, fazendo com que eu ficasse na sua frente.

- Está fugindo de mim, Candy? - sussurrou contra a minha boca.

Sua mão esquerda levantou a minha perna e eu precisei espalmar as minhas duas mãos contra o seu peito. Meu Deus. Fazia muito tempo que ele não me tocava e desejava daquela maneira e eu queria muito ceder, embora uma parte irritante minha me instruísse a acabar com aquilo ali mesmo. Mas não havia mal nenhum em ceder um pouco, não é? Ele ainda era meu marido, afinal. E eu tinha lhe prometido outra chance.

- Qual a resposta que você quer ouvir? - murmurei, afiada.

Ele sorriu. Um sorriso que eu gostava e que sentia falta, porque antes de sermos namorados e marido e mulher, nós éramos melhores amigos e alguma coisa se perdeu, mas eu gostava daquele sorriso.

Era um sorriso sincero, um sorriso de um Will que eu podia confiar de olhos fechados, um Will que me faria cair segura em qualquer lugar. Para aquele William, eu podia dar tudo.

Ele não me respondeu. Ao invés disso, apertou a minha coxa esquerda com força e empurrou o meu corpo com cuidado até eu ficar encostada na mesinha do espelho. Seus olhos tinham um brilho diferente e quando ele me beijou, minhas mãos subiram direto para a sua nuca, aproveitando.

Calei os meus pensamentos e me entreguei ao seu toque, deixando que ele retirasse o meu vestido, cada peça que lhe restava, me deixando nua sob o seu corpo, minha respiração irregular. Eu gemi quando suas mãos apertaram os meus seios, quando ele lambeu cada um. Reprimi os gritos quando sua língua me invadiu, quando ele me tocou, quando seu pau entrou em mim e quando eu gozei.

Ficamos abraçados um ao outro ali, em pé, nus, sentindo a batida irregular do coração do outro, enquanto eu também tentava controlar a minha respiração. Sua mão afagava as minhas costas em um carinho que eu quase não reconheci, porque fazia muito tempo que não tínhamos um momento íntimo como aquele. Dividimos a mesma cama, mas nenhum procurava o outro.

- Eu te amo - de repente ele disse, me fazendo engolir a seco. - Você sabe disso, não é?

Eu sabia antes. Não tinha certeza de agora.

Mesmo assim, eu respondi.

- Eu sei.

Will beijou o topo da minha cabeça, como de costume, e se afastou, procurando as suas roupas.

Eu aproveitei para fazer o mesmo, mas optei por usar a calça e blusa que eu tinha levado e calcei o mesmo salto, pegando a minha bolsa, verificando que eu estava há alguns minutos atrasada para encontrar Liana e Bianca.

BREAK FREE [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora