Divergências

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No quarto de Lisa havia um silêncio diferente. Era como se essa ausência de som, existisse apenas na cabeça de Rosé. Por algum motivo a filha do pastor se sentia tentada por algo, que ela não conseguia explicar. O coração da garota batia acelerado, enquanto ela se aproximava devagar do rosto de Lisa. Os seus olhos estavam fixos nós lábios da outra garota. Foi quando uma batida na porta pode ser ouvida.

- Trouxe um lanchinho para vocês duas. - Disse a senhora Manoban, adentrando o quarto. Rosé rapidamente soltou a mão de Lisa se recompondo.

- Nossa, eu estava morrendo de fome. - Disse Lisa, se levantando da cama.

A garota tentou pegar um dos sanduíches que a sua mãe havia feito, mas acabou sendo impedida pela mulher.

- Primeiro, a visita. - Disse a senhora Manoban, dando um tapinha na mão da filha.

- Aí. - Reclamou Lisa, fazendo um biquinho.

- Rosé querida, espero que você goste do lanche. - Disse a mulher, entregando um dos sanduíches para a garota.

- Obrigada, senhora Manoban. Foi muita gentileza sua, ter preparado esse lanche. - Disse Rosé.

- Não precisa agradecer, eu que agradeço por você está conseguindo aguentar a minha filha na sua casa. - Disse a mulher.

- Do jeito que a senhora fala, até parece que eu sou algum tipo de meliante. - Disse Lisa, pegando o seu sanduíche, dando uma mordida nele.

- Pode ser sincera Rosé, a minha filha está aprontando muito na sua casa? - Perguntou a senhora Manoban.

- Não, a Lisa está se adaptando muito bem na nossa casa. A senhora deu uma boa educação a sua filha. - Disse Rosé.

- Você é uma moça muito educada e agradável. Espero que a Lisa, aprenda algo de bom com você. - Disse a mulher.

Lisa só observava a sua mãe bajulando a visita.

- Adota a Rosé, e me coloca em um orfanato. - Disse ela, emburrada.

- Me parece uma boa ideia. - Disse a mulher.

- Mãe! - Reclamou Lisa.

- Eu estou brincado, se eu quisesse te colocar em um orfanato, eu teria feito isso quando você era um bebê. Rosé, você precisava ver a Lisa quando ela nasceu, ela tinha uma cabeça careca que parecia um ovo de avestruz. Eu acho que eu tenho umas fotos guardadas...

- Okay mãe, muito obrigada pelo lanche. Até depois, te amo. - Disse Lisa, guiando a mulher até o lado de fora do quarto.

- A sua mãe é muito fofa e engraçada. - Disse Rosé, rindo.

- Você gostaria de ter uma mãe como a minha? - Perguntou Lisa, se jogando novamente em sua cama.

- Claro que sim, a sua mãe parece ser muito, carinhosa e atenciosa. - Disse Rosé.

- Bem diferente da sua mãe. - Disse Lisa, deixando escapar.

Rosé pareceu ter ficado triste ao ouvir aquilo. A garota sábia que sua mãe era uma pessoa difícil, mas ela era a única mãe que Rosé tinha.

- Desculpa, eu não deveria ter dito isso. - Disse Lisa.

- Tudo bem, você não falou por mal. - Disse Rosé.

Rosé resolveu terminar de comer o seu lanche em silêncio. A filha do pastor encarava o seu sanduíche, quando uma dúvida surgiu.

- Posso perguntar uma coisa? É que eu fiquei com uma dúvida. - Disse Rosé.

Abstinência (Blackpink) (Chaelisa)Onde histórias criam vida. Descubra agora