Hereditário

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Rosé abriu os olhos repentinamente, pós havia acordado assustada. A garota acabará de despertar de um horrível pesadelo. A loira espiou com os olhos ao redor, respirando aliviada por está em seu quarto. Rosé se sentou na cama, tentando lembrar detalhes do sonho. Nele havia água, muita água, como se ela estivesse no meio do mar. As águas estavam turvas, como se o oceano fosse um imenso abismo. Rosé lembra de ter visto os seus amigos, eles apontavam para Conan, que estava se afogando. Foi essa imagem horrível, que fez a garota acordar abruptamente. Rosé soltou um longo suspiro, tentando tirar aquilo da sua mente. A garota não poderia ser distrair com sonhos, pós naquela manhã ela daria início ao plano de Lauren.

Rosé foi tomar um banho, e trocar de roupa para ir ao colégio. Ela não tinha pressa pós havia acordado cedo. Rosé agradecia por Ansel ter voltado para Sydney, a garota pelo menos teve o seu quarto, e a sua privacidade de volta. A jovem não conseguia acreditar que estava noiva de uma pessoa que ela mal conhecia. Rosé tentou ser otimista, se o plano desse certo, logo ela estaria livre de tudo aquilo.

Depois de se arrumar, Rosé pegou a sua mochila, indo para a cozinha. A garota pode ver que a sua mãe, estava preparando a mesa do café da manhã. A jovem respirou fundo, dando oficialmente início ao plano. Rosé teria que provocar a sua mãe, para que a mulher a machucasse. O coração da garota batia acelerado, e o seu estômago estava uma bagunça. Ela temia ter mais um dedo quebrado. Só de lembrar daquela dor, a garota tinha vontade de desmaiar.

- Bom dia, querida. - Disse a senhora Park, tirando Rosé dos seus pensamentos.

- Bom dia. - Disse Rosé, sentindo o seu corpo tremer de medo.

- Vamos, venha se sentar. Eu fiz um café da manhã caprichado. - Disse a senhora Park.

- Obrigada, mas eu não estou com fome. - Disse Rosé, vendo a expressão da sua mãe mudar.

- Eu demorei fazendo o café, e você vai comer. - Disse a mãe da garota, tentando manter a calma.

- Me desculpe, mas eu não estou com fome. - Disse Rosé.

A senhora Park, ficou encarando a filha sem dizer uma só palavra. Dava para ver que ela estava com raiva, pós as veias do seu pescoço estavam bem visíveis.

- Amaldiçoada seja, a cria que não obedece os pais. - Disse a senhora Park, começando a jogar, todo o café da manhã no lixo.

Rosé engolia a seco, pós temia o próximo movimento da mãe.

- Meu pai, era um homem muito exigente. Ele fazia parte do exército da Coréia do sul, lembro dele usando o seu uniforme militar. Nós tínhamos uma boa casa, boas roupas, e nunca faltava comida. As regras na Coréia eram sempre rígidas, principalmente no colégio. Mas o meu pai, conseguia ser mais rígido que qualquer um naquele país. - Contava a senhora Park, enquanto se livrava de toda a comida do café.

Rosé não fazia ideia a onde a sua mãe queria chegar, com aquela estranha conversar. Afinal de contas a mulher não tinha o costume de falar, sobre o avô da garota.

- Uma vez, o meu pai pediu para que eu fizesse um chá de hortelã, e levasse para ele. Eu tinha sete anos, e era um pouco difícil para uma criança fazer uma tarefa daquelas, mas eu consegui. O chá estava perfeito, eu o levei com cuidado até o meu pai, que estava sentado no chão, de frete a uma pequena mesa. Eu dei uma xícara a ele, e peguei o bule começando servir. - A mulher fez uma pausa, olhando para a sua filha.

A senhora Park ficou parada em silêncio, por alguns minutos, deixando Rosé apreensiva e assustada. A mãe da garota parecia está, em uma especie de transe. O seu olhar perecia vazio, com se ela estivesse em um outro lugar.

Abstinência (Blackpink) (Chaelisa)Onde histórias criam vida. Descubra agora