O céu cinza de Canterbury, desabou em uma chuva insistente. Nas ruas frias e desertas da cidade, a noite caia. Lauren e o Pastor Johnson, corriam desesperadamente indo ao socorro de Rosé. Infelizmente o pastor ficará um pouco para trás, sem conseguir acompanhar o ritmo de Lauren, que corria a todo o vapor.
Enquanto isso, Johnny chegava em sua moto, a resistência dos Manoban. O rapaz desceu da motocicleta sem tirar o seu capacete, ele não queira que ninguém o reconhecesse. Johnny caminhou até a porta tocando a campainha da casa, tirando da sua mochila um pequeno embrulho. O rapaz deixou a encomenda na porta indo embora. Lisa estava em seu quarto com os seus fones de ouvido, e acabou não ouvindo o barulho da campainha.
Enquanto isso, na residência dos Park. Rosé estava completamente desesperada. A garota tentou sair da cama, mas se encontrava muito debilitada. Sangue saía do nariz da jovem, enquanto ela tinha dificuldades para respirar. Rosé tentou descer da cama, mas acabou caindo no chão. Mesmo sem forças, a jovem começou a se arrastar pelo chão, tentando sair do seu quarto.
- Oque você pensa que está fazendo!? - Ao olhar para a porta, Rosé pode ver a sua mãe, que veio em sua direção.
- Por favor, me deixe ir. - Implorou Rosé.
- Não seja boba, agora é tarde demais para eu voltar atrás. - Disse a senhora Park, segurando Rosé. A mulher começou a arrastar a filha, para fora do quarto.
- Para onde a senhora está me lavando!? - Perguntou Rosé, aflita.
- Você saberá em breve. - Disse a mulher.
A senhora Park, arrastou Rosé até o seu quarto. A mulher deixou a filha no chão, enquanto foi finalizar os preparativos no banheiro. A garota chorava, enquanto orava para que Deus, a salvasse da sua mãe.
- Você está orando? - Disse a senhora Park, retornando. A mulher se ajoelhou ao lado da filha, acariciando os cabelos dourados da garota.
- Oque a senhora vai fazer comigo? - Perguntou Rosé, com os olhos cheios de lágrimas.
- Eu vou fazer oque eu deveria ter feito anos atrás. Nós duas sabemos que eu não nasci para ser mãe. Eu não tenho esse amor incondicional, que todas as outras mães tem. Para falar a verdade, eu nunca séria capaz de amar ninguém. Acho que acabei herdando isso do seu avô. - Disse a senhora Park, com um olhar vazio e perdido.
- Apesar de tudo, eu amo a senhora. - Disse Rosé, deixando lágrimas caírem. A mãe da garota deu um triste sorriso, dando um beijo no rosto da sua filha.
- Acho que você é a única pessoa nesse mundo, que realmente me amou. Sinto muito por esse sentimento não ser recíproco, eu infelizmente não consigo amar ninguém. Eu juro que tentei, mas a única coisa que há dentro de mim, é um vazio infinito. - Disse a senhora Park.
- Eu te perdoou. - Disse Rosé, ainda em lágrimas. A senhora Park, sorriu mais uma vez.
- Oque eu irei fazer agora, é imperdoável, minha querida. - Disse a mãe da garota, com uma voz suave.
A mulher então, começou a arrastar Rosé em direção ao banheiro. A senhora Park, pegou a filha em seus braços, fazendo esforço para a colocar dentro da banheira, que estava transbordando.
- Pronto. - Disse ela, terminando de colocar a garota dentro da banheira cheia.
Rosé pôde sentir a água molhar toda as suas vestes, assim como o seu longo cabelo dourado. A senhora Park, segurava a cabeça da filha, para ela não afundar. A jovem olhava para o teto, enquanto a sua respiração se tornava acelerada e ofegante. A cor branca dos azulejos, que revestiam o banheiro, refletia uma luz ofuscante, e apática, ao mesmo tempo. Deixando o ambiente frio, e triste.
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Abstinência (Blackpink) (Chaelisa)
FanfictionLisa havia se mudado para a Austrália, com a sua família. A garota só não contava com as adversidades, que teria que enfrentar nesse novo país. A tailandesa teve que começar a lidar com a solidão, a xenofobia, e com o vício em drogas. Avisos: Se voc...