A Última Dose

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Era manhã de sábado. Apesar do clima frio que invadia Canterbury, os raios de sol ainda lutavam bravamente, surgindo entre as nuvens cinzas. A residência dos Park estava silenciosa, como se não houvesse ninguém. De repente um barulho de sapatos ecoaram pela casa. A senhora Park acabará de sair da cozinha, trazendo em suas finas mãos pálidas, uma bandeja com um copo de leite, e um sanduíche. A mulher subia as escadas, enquanto os saltos finos do seu Louboutin batiam contra os degraus, produzindo um irritante ruído.

Rosé pode ouvir a mulher se aproximando, do seu quarto. A garota tremeu só de lembrar do copo de leite, que a sua mãe a obrigava tomar. O estômago de Rosé se revirou, como se soubesse oque estava por vim. A porta do quarto se abriu, e a senhora Park adentrou o cômodo, com um enorme sorriso em seu rosto.

- Bom dia, querida. - Disse ela.

- Bom dia. - Disse Rosé, com uma voz fraca.

- Já são dez horas, e você ainda não levantou da cama. Eu deduzi que você estivesse com fome, então resolvi trazer o café da manhã. - Disse a senhora Park.

A mulher se sentou na beira da cama, colocando a bandeja sobre o seu colo. Ela então pegou o copo de leite, o levando até a boca da filha.

- Eu estou muito enjoada, não sei se vou conseguir tomar o leite. - Disse Rosé.

- Faça um esforço minha querida, eu darei o leite na sua boca. - Disse a mulher, empurrando o copo contra os lábios da garota.

Rosé contraiu a sua boca, como se não quisesse tomar o conteúdo, que havia no copo.

- Vamos, não seja uma menina desobediente. Você sabe que a sua mãe, não gosta de crianças que dão trabalho. - Disse a mulher, empurrando novamente o copo contra os lábios da garota.

Rosé sábia que precisava fazer aquilo, mas estava morrendo de medo. A garota tentava controlar as suas mãos trêmulas, tentando manter a calma. A jovem respirou fundo tomando coragem, ela então abriu a boca, começando a beber o leite que a sua mãe dava.

- Isso mesmo, seja uma menina obediente. - Disse a senhora Park, ficando satisfeita.

O estômago de Rosé doía enquanto a garota tomava o conteúdo do copo. A jovem estava tão apavorada, que acabou deixando algumas lágrimas caírem. A senhora Park virou o copo, para que a filha tomasse, até a última gota do leite.

- Pronto, agora você não está mais com fome. - Disse a senhora Park, fazendo um carinho nós cabelos da filha.

- Eu me sinto muito enjoada. - Disse Rosé, com a voz cada vez mais fraca.

- Tudo bem, querida. Logo isso irá passar, e você nunca mais irá sentir dor alguma. Eu prometo isso a você. - Disse a mulher, beijando a testa da garota.

A senhora Park se levantou da cama, saindo do quarto. Rosé olhava para o teto enquanto sentia dores insuportáveis no estômago. Finas lágrimas escorriam pelo rosto da garota, que implorava a Deus, que ele a desse forças para suportar aquilo.

Enquanto isso, na residência dos Jauregui. Lauren se sentia entediada aquela manhã. A garota estava no seu quarto olhando para o teto, enquanto viajava em seus próprios pensamentos. O cômodo estava escuro, pós a garota havia fechado todas as cortinas. Lauren pegou o seu celular mandando uma mensagem para Rosé. Aquela séria a quinta que a garota mandava e não recebia resposta. A morena então decidiu dar uma volta pela cidade, aquilo séria bom para passar o tempo.

Lauren caminhou algumas quadras sem rumo definido, até que decidiu ir até a casa de Camila. A garota chegou na residência da amiga, apertando a campainha. A mãe de Camila atendeu a porta mandando Lauren entrar.

Abstinência (Blackpink) (Chaelisa)Onde histórias criam vida. Descubra agora