Hoje Eu Quero Ficar Sozinha

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Rosé estava parada sem reação. Todo o corpo da garota tremia, igual a de um animal, quando estava encurralado por uma fera. Naquele silêncio perturbador, a única coisa que Rosé conseguia ouvir, era a sua própria respiração.

- Por que está parada aí, feito uma estátua!? Vamos, me fale por que você chegou tarde? - Perguntou a senhora Park.

- Eu... eu estava fazendo um trabalho, na biblioteca do colégio. - Disse Rosé, tentando não gaguejar.

- Vá para o seu quarto, e tome um banho. Logo o jantar estará pronto. - Ordenou a mulher.

- Eu já estou indo. - Disse Rosé, subindo as escadas.

A filha do pastor, se conteve até chegar ao seu quarto. Ao entrar no local, Rosé se jogou em sua cama, começando a chorar copiosamente. A garota chorava baixinho para que ninguém pudesse a ouvir. Tudo estava indo tão bem, que Rosé havia esquecido, o pesadelo que era ter, a presença da sua mãe em casa.

As mãos da jovem tremiam, enquanto ela tentava pegar o celular. A garota pensou em mandar, uma mensagem para Lisa, mas desistiu em seguida. A filha do pastor não queria deixar, a tailandesa preocupada. A garota enxugou as suas lágrimas, indo tomar o seu banho. Ela sábia que se demorasse, a descer para o jantar, a sua mãe viria até o seu quarto. A jovem então, se apressou para que isso não ocorresse.

Depois que tomou o seu banho, e trocou de roupa, Rosé desceu para o jantar. A sua mãe estava na cozinha, terminando de arrumar os pratos. O pastor Johnson, já estava sentado a mesa. Rosé decidiu se sentar, ao lado do seu pai. Durante o jantar, o pastor percebeu que a sua filha, tinha a expressão abatida e triste, muito diferente dos dias anteriores.

- Então, aquela garota voltou para casa? Eu fiquei bem feliz em saber disso. Graças a Deus, já não a aguentava mais aqui. - Disse a senhora Park, se referindo a Lisa.

Rosé tentava não escutar, as palavras venenosas da mulher. A garota apenas fingiu, que a sua mãe não estava alí. Assim que o jantar acabou, Rosé foi a primeira a sair da mesa. Parecia que a jovem, estava tentando evitar a sua mãe. Ao voltar para o quarto, Rosé pensou em mandar uma mensagem para Lisa, mas desistiu outra vez. A filha do pastor, desligou o seu celular. Ela não queria correr o risco, que a sua mãe visse alguma mensagem ou ligação da tailandesa.

Rosé já estava se preparando para dormir, quando a sua mãe adentrou o seu quarto. A jovem acabou tomando um susto. Parecia que ela não havia se recuperado do trauma da noite, em que seu dedo havia sido quebrado.

- Eu ainda não esqueci, da vergonha que você me fez passar. - Disse a senhora Park. A mulher caminhou em direção a filha, que recuou para trás.

- Eu espero que nunca mais, algo daquele tipo se repita. Digo isso para o seu próprio bem. - Disse a mulher, olhando para o dedo imobilizado da garota. Rosé não conseguia encarar a sua mãe. A garota tinha um medo descomunal, da mulher a sua frente.

Naquele momento, o pastor Johnson entrou no quarto. Rosé respirou aliviada, ao ver o seu pai.

- Está tudo bem? - Perguntou ele.

A senhora Park revirou os olhos, como se não estivesse com paciência, para ouvir o marido.

- A Roseanne se comportou esses dias, que eu estava fora? - Perguntou a senhora Park, ignorando completamente a pergunta feita pelo seu marido.

- Sim, ela se comportou muito bem. - Disse ele, ocultando a confusão no colégio, e a suspensão.

- Não fez mais, que a obrigação. - Disse a mulher, dando uma última encarada na filha, antes de sair do quarto.

Abstinência (Blackpink) (Chaelisa)Onde histórias criam vida. Descubra agora