chapter thirty one

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Perrie Edwards



— Como é que você tem coragem de ir embora sem nem parar para se despedir de mim? — Seth cruzou os braços, me encarou com sua expressão firme, maxilar travado.

Eu fiquei um pouco sem jeito, sem saber bem como me explicar. Mais uma vez, num milésimo de segundos meus olhos se encontraram com os de Jade.

— Eu não ia conseguir ir embora. — respondi para Seth, mas olhando para Jade.

Minha vontade era pular em seus braços, sentir seu cheiro, beijar sua boca e pedir para que ela nunca mais me magoasse daquela forma, mas eu não o faria, não antes de ouvir o que ela tinha para me dizer.

— Você não me deixaria vir. — devagar, meus olhos voltaram para Seth. — Deixaria?

A expressão de Seth se tornou mais suave, menos rígida, e então ele balançou a cabeça bem devagar.

— Por isso. — finalizei, com uma expressão triste em meu rosto.

— Eu estava com saudade! — Leigh- Anne correu até mim, pulou nos meus braços e meu deu um forte abraço. — Muita! — ela estava afoita, beijou meu rosto várias vezes me fazendo rir. — Aonde está Samuel?

— Na praia com os avós.

— Você pode nos oferecer uma xícara de café? Explicar essa história... Nos convidar pra entrar? — disse com seu habitual deboche e no fim apontou para a porta.

Ele não parecia estar tão nervoso agora, estava voltando ao seu normal. Balancei a cabeça afirmando e quando Leigh- Anne me soltou passei rapidamente por eles e abri a porta com um pouco de dificuldade. Minhas mãos estavam trêmulas e suadas por causa do nervosismo que tinha tomado conta de mim. Entrei em casas e abri a porta liberando espaço para que os outros três os fizessem.

— Sua casa nova é bem bonita. — Jade disse baixo, olhando ao seu redor.

Meu coração, em resposta da sua fala, acelerou de uma forma assustadora.

— Ela é bem grande, espaçosa... Samuel ama por que tem lugares para ele brincar a vontade, principalmente o jardim. — respondi sem olhar para ela, mas senti seus olhos queimando sobre mim. — Querem algo para beber? Um café Seth? — olhei para ele, que riu e balançou a cabeça negando.

— Eu não quero ser incoveniente, mas Jade não quis parar para que pudéssemos comer no caminho... — ele fez uma pausa, parecia pensativo sobre continuar ou não falando, mas eu já conheço Seth vem o suficiente para saber que seu mal é fome.

— Está com fome, Seth? — perguntei rindo, ele balançou a cabeça afirmando, sua expressão parecia como a de um menino levado.

Como eu senti falta do meu amigo.

Andei até ele e o abracei, Seth retribuiu meu abraço. Um abraço forte, demorado, com saudade, e quando nos separamos ele beijou minha testa, assim como já o vi fazendo com Jade, ele me olhou com seus olhos brilhando, do mesmo jeito que olhava para sua irmã, aquele olhar que me fazia ter a certeza de que tudo ficaria bem quando eu estava em apuros.

— Vem gente, vou fazer um sanduíche pra vocês. — disse, caminhando para a cozinha, segurando firme minhas lágrimas.

— Samuel demora muito? — Leigh- Anne perguntou, puxou uma cadeira e sentou, os outros a acompanharam. — Tenho alguns presentes para dar, novidades para contar. — disse animada, com um grande sorriso.

— E eu não fico muito atrás dela, e agora que sei aonde mora, já sei pra onde devo vir quando o choro do bebê tiver me incomodando muito. — disse, Jade revirou os olhos e ele se encostou na cadeira com os braços cruzados, rindo sem fazer barulho enquanto a irmã o olhava feio.

dangerous woman • concluída Onde histórias criam vida. Descubra agora